Três suspeitos de integrarem uma quadrilha que aplicava o “Golpe do Amor” foram presos na zona Oeste de São Paulo, nesta quinta-feira (5).
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, os criminosos criavam perfis falsos de mulheres em aplicativos de relacionamento e atraíam as vítimas para encontros, onde elas eram sequestradas.
Um homem foi alvo dos suspeitos em julho deste ano. Ao chegar no local do suposto encontro, ele foi sequestrado e levado para um cativeiro, onde permaneceu em cárcere por cerca de duas horas e teve que realizar transações bancárias.
Os suspeitos de integrarem o grupo que realizava os sequestros foram localizados em suas casas no bairro do Jaguaré, na zona Oeste da capital paulista, nesta quinta-feira (5). Na operação, foram apreendidos diversos aparelhos eletrônicos que eram, possivelmente, utilizados nos golpes.
Além disso, um outro homem que participou de uma tentativa de sequestro seguido de extorsão, foi preso no mesmo bairro durante a ação policial.
Em julho, com outras três pessoas, ele abordou um veículo que estava parado no semáforo, e ao roubar os pertences do motorista, fugiram. Após a ação, os suspeitos começaram a ameaçar e extorquir a vítima dias depois.
Um dos suspeitos deste crime havia sido preso na cidade de Olho D’Água (AL), no último mês de novembro. Na captura, houve o apoio da Polícia Civil de Alagoas.
Os quatro presos envolvidos nos dois crimes irão responder por crimes de extorsão mediante sequestro e organização criminosa. Todos eles possuem histórico criminal por tráfico de drogas, receptação e violência doméstica.
Estrutura dos grupos
A estrutura de uma organização criminosa que comete sequestros é composta da seguinte maneira, conforme informou o delegado da Divisão Antissequestro, Fábio Nelson, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (5):
- Articulados: são os responsáveis por criar perfis falsos nas redes sociais para atrair as futuras vítimas;
- “Arrebatadores”: que irão se encontrar com aqueles que interagiram pela internet e os sequestrarão, levando-os para o cativeiro;
- Vigias: pessoas que monitoram as vítimas no cativeiro.
Além desta parte da estrutura, há os responsáveis por realizar as movimentações financeiras.
Em 2024, a Divisão Antissequestro registrou seis casos de “Golpes do Amor”. Em 2022, este número foi de 115 casos, enquanto em 2023, de 49.