A polícia do Rio Grande do Sul realizou nesta terça-feira (3) uma operação contra uma organização criminosa responsável por tráfico de drogas, porte e posse de armas de fogo, homicídios, denunciação caluniosa e lavagem de dinheiro. Ao todo, 14 pessoas foram presas.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a facção atrapalhava o trabalho da polícia, principalmente no combate ao tráfico de drogas.
Para conseguir atrapalhar as investigações, eles denunciavam falsamente policiais militares que atuavam no combate ao crime organizado na região de Ronda Alta (RS), levando a investigações disciplinares. O grupo fazia falsos comunicados de delitos e infrações disciplinares contra os PMs que atuavam repressão contra os criminosos.
As investigações revelaram que os criminosos além das denúncias, também proferiam ameaças contra os agentes de segurança e suas famílias, utilizando a violência como forma de intimidar. A população em geral também era alvo das ameaças, nas cidades onde a facção atuava.
O grupo era vinculado a uma das maiores organizações criminosas do Rio Grande do Sul, comandada de dentro de presídios e dividida em vários núcleos. Um dos líderes era responsável por gerenciar diversos estabelecimentos comerciais usados como pontos de venda de entorpecentes.
Um dos núcleos era responsável pela movimentação financeira, lavagem de dinheiro e ocultação de bens. Segundo o promotor Manoel Antunes, uma das práticas é a movimentação fragmentada de valores. Desta forma, depois de passar por várias pessoas físicas ou jurídicas, o dinheiro chega à cúpula da facção.
Ao todo, 32 pessoas foram investigadas. A Justiça ainda autorizou o bloqueio de 25 contas bancárias, incluindo de laranjas. Uma destas contas, em apenas quatro meses entre os anos de 2022 e 2023, movimentou R$ 1,9 milhão.
* Sob supervisão