A Coreia do Sul viveu momentos de tensão nesta terça-feira (3) com a instauração temporária da Lei Marcial, levantando preocupações sobre a estabilidade política na região. O professor da New York University Shanghai e da Fundação Dom Cabral (FDC), Rodrigo Zeidan, analisou a situação durante sua participação no WW desta terça-feira (3).
Segundo Zeidan, qualquer desestabilização na Coreia do Sul pode ser potencialmente aproveitada pela Coreia do Norte para tentar ganhar mais influência regional.
O especialista ressaltou a importância da aliança entre Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos, descrevendo-a como “o bloco do Ocidente na Ásia”.
Contexto local e impacto global
Zeidan enfatizou que, apesar da relevância geopolítica, muitos dos problemas da Coreia do Sul têm raízes locais. “Tem uma frase famosa de que geopolítica importa, mas todos os problemas políticos são locais, toda política é local”, explicou o professor, ilustrando com sua experiência pessoal em Seul, onde protestos próximos ao parlamento são frequentes.
A situação na península coreana é delicada, com a Coreia do Norte sempre representando uma ameaça potencial. No entanto, Zeidan observou que o regime norte-coreano também enfrenta dificuldades internas atualmente, o que pode limitar sua capacidade de explorar plenamente qualquer instabilidade no Sul.
O incidente da Lei Marcial, mesmo que breve, destaca a volatilidade da região e a importância do acordo tripartite entre Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos.
Este acordo, considerado por muitos como um dos principais legados diplomáticos do governo Biden, visa fortalecer a segurança e estabilidade no nordeste asiático frente às ameaças regionais.
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