O futuro político do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, está em jogo após sua tentativa fracassada de impor a Lei Marcial na terça-feira (3), mas o presidente sul-coreano já havia enfrentado pedidos de renúncia este ano, à medida que sua popularidade despencou – em grande parte devido a uma bolsa de grife.
A esposa de Yoon, a primeira-dama Kim Keon Hee, foi acusada no ano passado de aceitar uma bolsa Christian Dior de US$ 2.200 como presente – uma possível violação da lei anticorrupção da Coreia do Sul, que proíbe funcionários públicos e seus cônjuges de receberem presentes no valor de mais de US$ 750 em relacionados com as suas funções públicas.
A polêmica começou em novembro do ano passado, quando um vídeo filmado secretamente foi publicado na internet, supostamente mostrando Kim recebendo uma “bolsa Lady Dior” de pele de bezerro de um pastor coreano-americano, Choi Jae-young.
“Por que você continua trazendo isso? Por favor, você não precisa fazer isso”, ouve-se a primeira-dama dizendo no vídeo ao receber o presente. A filmagem não mostra ela pegando a sacola de Choi, embora uma sacola de compras da Dior seja vista colocada sobre uma mesa de centro enquanto eles continuam a conversa.
No mês passado, as autoridades decidiram não acusar a primeira-dama pelas alegações de aceitação inadequada de presentes, incluindo a bolsa, informou a agência de notícias Yonhap, citando os procuradores de Seul.
Mas a resposta de Yoon à controvérsia atingiu sua posição pública. O presidente alegou que o vídeo era um “golpe político” destinado a influenciar as eleições de meio de mandato – que a oposição venceu por uma vitória esmagadora, amplamente vista como um referendo sobre o seu governo.