O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, conversou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, “e o agradeceu pelo envolvimento dos EUA no processo de desenvolvimento do acordo de cessar-fogo no Líbano e pela compreensão de que Israel manterá liberdade de ação”, comunicou o gabinete de Netanyahu em uma declaração.
O Gabinete de Segurança de Israel aprovou nesta terça-feira (26) um acordo de cessar-fogo com o grupo libanês Hezbollah.
Netanyahu disse que está pronto para implementá-lo e que “responderia vigorosamente a qualquer violação”. O primeiro-ministro elencou três motivos para o cessar-fogo com o Hezbollah.
A negociação foi mediada pelos Estados Unidos, que enviou um representante a Israel e ao Líbano. A proposta apoiada pelos Estados Unidos visa uma suspensão de 60 dias no conflito.
Joe Biden anunciou nesta terça (26) que o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah será implementado a partir das 23h, no horário de Brasília (4h no horário local).
Entenda os conflitos no Oriente Médio
Israel lançou uma grande ofensiva aérea e terrestre contra o grupo Hezbollah no Líbano no final de setembro. Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e portanto, inimigos de Israel.
Os bombardeios no Líbano se intensificaram nos últimos meses, causando destruição e obrigando mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. O conflito entre Israel e o Hezbollah já deixou dezenas de mortos no território libanês.
Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.
Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva israelense, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.
Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.
Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.