Servidores da Educação da cidade do Rio de Janeiro protestaram dentro e fora da Câmara de Vereadores nesta terça-feira (26). Eles chegaram a entrar no plenário, reivindicando a retirada do Projeto de Lei que altera horários, férias, licença-prêmio e outros benefícios da categoria.
Os profissionais de educação também reclamam que não estão tendo diálogo com o Secretário de Educação e com o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
Por causa do tumulto, a sessão na Câmara de Vereadores foi encerrada. O Batalhão de Choque da Polícia Militar foi chamado. Os profissionais da Educação entraram em greve por tempo indeterminado.
Depois de serem dispersados de dentro da Câmara de Vereadores, os professores continuaram fazendo uma manifestação do lado de fora.
O presidente do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro (SEPE-RJ), Marcelo Sant’Anna, disse que o Projeto de Lei foi colocado para votação na Câmara, alterando o Estatuto da categoria, sem que os servidores fossem consultados.
“Não teve reunião com os servidores públicos e nem tampouco uma audiência pública para que a gente possa debater e ver quais são os pontos que afetam os profissionais. Todos os pontos que o prefeito colocou, afetam muito a nossa vida funcional. E não tem acordo da categoria com esse projeto”, enfatizou o diretor do sindicato.
“Queremos a retirada desse PL, que só destrói a carreira do servidor público, principalmente o profissional de educação”, disse.
O sindicato questiona por exemplo, que o Projeto de Lei aumenta a carga horária do professor, que obriga o servidor a tirar a licença-prêmio e que se não tirar a licença, o profissional estaria se omitindo. Além disso, eles reclamam da questão do fracionamento das férias. De acordo com o sindicato, o PL não estaria contemplando o que já existe.
“Não existe diálogo com o executivo municipal, o Eduardo Paes não atende o sindicato. Às vezes, a Secretaria de Educação atende com um dos assessores que não tem poder de decisão”, questiona o diretor.
“Essa ocupação está acontecendo para que se garanta uma audiência com o prefeito da cidade do Rio de Janeiro. Até agora não tivemos nenhum retorno do executivo”, finalizou
A votação do PL deve voltar para votação na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro na quinta-feira (28).
A CNN aguarda uma posição da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro.
Protesto na Prefeitura
Esses servidores também fizeram uma manifestação na segunda-feira (25) na frente da Prefeitura do Rio na tentativa de uma audiência. Mas não conseguiram. Houve tumulto, confrontos e o protesto terminou com bombas.