A Polícia Civil da Bahia, por meio da 14ª Delegacia Territorial da Barra, investiga um homem suspeito de praticar crimes de roubo e estupro ao aplicar o golpe conhecido como “Boa Noite Cinderela”, especialmente em vítimas da população LGBTQIA+.
As investigações, que se estenderam por quase um ano, resultaram em um mandado de prisão preventiva contra ele, cumprido no mês passado na Ilha de Itaparica, na Baía de Todos os Santos. Nesta segunda-feira (25), o homem foi indiciado pela polícia e deve responder criminalmente pelos crimes cometidos.
De acordo com a Polícia Civil, durante o interrogatório, o investigado confessou ter cometido 11 crimes entre 2022 e 2023, tendo como vítimas homens gays que ele conhecia por meio de aplicativos de relacionamento. O suspeito relatou que dopava as vítimas, realizava transferências bancárias e, em pelo menos uma das ocasiões, praticou violência sexual.
Em conversa com a CNN, a delegada Mariana Ouais, responsável pela investigação e titular da 14ª Delegacia Territorial da Barra, explicou que o indiciamento foi baseado em provas materiais, depoimentos das vítimas e análises bancárias que confirmaram as transações fraudulentas.
“Tudo começou com uma queixa de estupro de um turista mineiro. Ele foi à delegacia denunciar que tinha marcado um encontro com o suspeito por um aplicativo de relacionamento. Esse homem foi até a pousada dele e o levou à praia. Lá, ele ganhou uma bebida, ficou ‘grogue’ e apagou. Quando acordou, o turista viu que tinha sido violentado sexualmente e viu também as transferências feitas para a conta do suspeito. A partir daí, vimos que ele tinha um histórico e fez outras vítimas”, contou a delegada.
O suspeito segue preso, à disposição da Justiça. A Polícia Civil da Bahia orienta que qualquer vítima que reconheça o modus operandi ou o suspeito busque as delegacias especializadas de Salvador para relatar os casos.
