A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, convocou um protesto global para o próximo domingo, 1º de dezembro. Ela afirma que o governo de Nicolás Maduro está “cada dia mais fraco” e sabe que “o tempo (do regime) acabou”.
María Corina acrescentou que Edmundo González Urrutia, candidato nas eleições presidenciais de 28 de julho, deverá tomar posse da Presidência da Venezuela. De acordo com a contagem de atas apresentada pela oposição, Urrutia foi o vencedor da disputa.
“Neste 1º de dezembro, nós, venezuelanos, vamos nos reunir dentro e fora do país, exigindo que o Tribunal Penal Internacional valide, como o resto do mundo, a nossa causa”, declarou Machado em vídeo nas redes sociais.
A CNN entrou em contato com o Ministério da Comunicação da Venezuela sobre o protesto marcado por María Corina e aguarda resposta.
A líder da oposição reagiu ao novo cerco policial na Embaixada da Argentina em Caracas, onde seis membros da equipe de campanha estão escondidos desde antes das eleições.
Um dos requerentes de asilo, Omar González Moreno, ex-deputado e membro da Dirección Nacional do partido Vente Venezuela, divulgou no sábado (23) um vídeo que mostra a Polícia Nacional Bolivariana cercando a sede diplomática, atualmente sob custódia brasileira.
“Quanto mais fracos estão, com mais crueldade e desespero agem”, Machado comentou sobre o regime vigente.
A CNN tentou falar com as autoridades venezuelanas e com a chancelaria da Argentina para saber se os agentes já deixaram ou não o local.
Entenda tensão diplomática
A Argentina se recusou a reconhecer Maduro como vencedor das eleições presidenciais sem a divulgação detalhada dos resultados pelo Conselho Nacional Eleitoral, o que fez o governo venezuelano romper as relações diplomáticas com o país.
Não é a primeira vez que a sede em Caracas é cercada. Em setembro, opositores venezuelanos denunciaram uma situação semelhante quando as Forças de Segurança estiveram nas mesmas instalações.
A chancelaria da Argentina, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, e a Embaixada dos Estados Unidos na Venezuela também condenaram os atos de intimidação.
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