Milhares de manifestantes em toda a Espanha marcharam na segunda-feira (25) para marcar o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra Mulheres em um país que registrou 41 casos de feminicídio até o momento neste ano.
Em marchas realizadas em mais de 50 municípios, os manifestantes entoaram slogans como “Nenhuma a menos, queremos todas vivas” e “Não estamos todas aqui, faltam as assassinadas”.
Em Madri, onde ocorreram duas marchas separadas, os participantes levantaram cartazes e faixas com os dizeres “Juntas, o medo vai mudar de lado” e “Você está cansado de ouvir? Nós estamos cansadas de viver isso”, na maior das duas manifestações.
À frente da marcha, ativistas vestidas com túnicas brancas e máscaras brancas carregavam placas com o nome, idade e local das mulheres assassinadas até agora em 2024.
Uma multidão menor marchando nas proximidades foi liderada por dois grupos pertencentes à chamada facção “crítica de gênero” dentro do movimento feminista, que se opõe a algumas políticas defendidas por ativistas dos direitos trans e à barriga de aluguel comercial, além de pedir a abolição do trabalho sexual.
Mais cedo, na segunda-feira, a polícia informou que havia prendido um jovem de 17 anos por supostamente esfaquear até a morte sua ex-namorada de 15 anos na província de Alicante. Se confirmado, isso elevaria o número de feminicídios deste ano para 42.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, o ano mais letal para as mulheres vítimas de violência de gênero na Espanha nos últimos 25 anos foi 2008, com 76 mortes. O número total de vítimas desde 2003 atualmente é de 1.286, de acordo com dados do Ministério da Igualdade.