O Catar concordou nas últimas semanas em expulsar o Hamas do país após um pedido dos Estados Unidos.
A decisão veio após meses de tentativas falhas de tentar fazer com que o grupo – cujos principais líderes moram na capital do Catar, Doha – aceitasse uma acordo de cessar-fogo e libertação de reféns na guerra contra Israel, disseram fontes dos EUA e do Catar à CNN.
Com os esforços para interromper a guerra – que tem sido uma das principais prioridades do presidente Joe Biden – firmemente estagnados, as autoridades norte-americanas informaram o Catar há cerca de duas semanas que deviam parar de dar refúgio ao Hamas na capital do país.
O Catar concordou e avisou o Hamas há cerca de uma semana, disseram fontes.
“O Hamas é um grupo terrorista que matou americanos e continua a mantê-los como reféns”, disse um alto funcionário do governo à CNN. “Depois de rejeitar repetidas propostas para libertar reféns, os seus líderes não deveriam mais ser bem-vindos nas capitais de qualquer parceiro americano.”
Ao longo da guerra e das negociações para trazer os reféns para casa, as autoridades dos EUA pediram ao Catar que utilizasse a ameaça de expulsão como moeda de troca nas suas negociações com o Hamas.
O ímpeto final para o Catar concordar em expulsar o Hamas surgiu recentemente, após a morte do refém americano-israelense Hersh Goldberg-Polin e a rejeição do Hamas de mais uma proposta de cessar-fogo.
O Catar tem sido um ator importante nos esforços para tentar garantir um cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hamas, em grande parte porque os principais membros do grupo moram em Doha. Grandes negociações ocorreram na capital do Catar por esse motivo.
Não ficou claro quando os agentes do Hamas seriam exilados do Catar – nem para onde iriam.
Uma autoridade dos EUA disse à CNN que o grupo não terá muito tempo para deixar o país. Embora a Turquia seja vista como uma opção possível, é pouco provável que os EUA aprovem esse cenário, pelas mesmas razões que não querem que o Catar dê refúgio à liderança do Hamas.
No início deste ano, o Departamento de Justiça acusou vários líderes importantes do Hamas pelo ataque terrorista de 7 de outubro a Israel. Acredita-se que pelo menos um desses réus, Khaled Meshaal, more no Catar.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, já havia dito ao Catar para avisar o Hamas que se o grupo não concordasse em parar a guerra em Gaza, correria o risco de ser expulso de Doha.
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