O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, rejeitou as declarações do ministro Eduardo del Castillo, que o acusou de fabricar uma tentativa de assassinato para esconder que não parou em um posto policial de uma rodovia e que seu veículo atirou contra policiais.
Em entrevista à CNN, Morales disse que no domingo sofreu o que descreve como uma emboscada e, ao ver que os veículos estavam marcados como pertencentes à Nona Divisão, pediu ao motorista que acelerasse.
Ele continua relatando que foi então quando perceberam que foram baleados “não com pressa, mas muito rápido” enquanto eram perseguidos. O ex-presidente ressaltou que não portava nenhuma arma.
“Foi uma ordem para eliminar o Evo, porque foram tantas balas, tantos tiros, isso me surpreendeu. Já fui detido por ex-presidentes diversas vezes, mas nunca desta forma. O que aconteceu ontem é pior que os governos neoliberais, diria até pior que as ditaduras militares”, expressou quando questionado sobre as declarações do ministro del Castillo.
Em resposta a esta versão, o ministro reiterou que um policial ficou gravemente ferido após ser atropelado pelo carro em que Morales estava ao passar pelo posto de controle de veículos e que foram disparados tiros do carro, dando início à perseguição.
“Este vídeo que o senhor Morales mostrou foi editado. Felizmente, ele também confessa em duas ocasiões nestes vídeos que tornou público que disparou contra o pneu do veículo que tentava parar esses veículos.”, declarou o ministro.
Quem são os Mashco Piro, estimado maior povo indígena isolado do mundo