A Justiça manteve a prisão da coordenadora técnica do PCS Lab Saleme, laboratório que errou os testes de HIV que resultaram em seis pacientes infectados no Rio de Janeiro.
Adriana Vargas passou por audiência de custódia nesta segunda-feira (21). Ela foi presa na manhã desse domingo (20) na segunda fase da Operação Verum da Polícia Civil do RJ.
As investigações apontam para uma falha grave no controle de qualidade dos testes realizados pelo laboratório
Segundo a polícia, com o objetivo de reduzir custos, a análise das amostras deixou de ser realizada diariamente, sendo postergada para uma vez por semana.
Adriana era responsável pela supervisão do controle de qualidade dos reagentes utilizados nos exames para constatar a presença do vírus. A empresa errou em dois laudos que resultaram em seis pacientes infectados.
A sessão que manteve a mulher detida ocorreu na Central de Audiência de Custódia de Benfica, na zona Norte da capital carioca.
A mulher é a quinta pessoa presa na investigação. O sócio-proprietário do laboratório, Walter Vieira, e outros três funcionários da empresa foram presos na primeira fase da operação: Cleber de Oliveira Santos, Ivanilson Fernandes dos Santos e Jacqueline Iris Bacellar de Assis.
Investigação
Seis pacientes contraíram o vírus HIV após passarem por transplantes de órgãos no Rio de Janeiro. Segundo as investigações, dois doadores teriam feito exame de sangue no laboratório PCS Lab, localizado Baixada Fluminense, e os resultados deram falso negativo.
O contrato, firmado pela Fundação Saúde do RJ em dezembro de 2023, tinha duração de 12 meses, no valor total determinado foi de R$ 11.479.459,07. O acordo previa que a Patologia Clinica Doutor Saleme Ltda realizasse análises clínicas e de anatomia patológica.
Saiba o que sabemos sobre exames errados que causaram infecção por HIV em transplantes no RJ.