O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta sexta-feira (18) que o grupo dos Brics gerará a maioria do crescimento econômico global nos próximos anos devido ao seu tamanho e crescimento relativamente rápido em comparação ao das nações ocidentais desenvolvidas.
Putin espera consolidar os Brics – que expandiu para incluir o Egito, a Etiópia, o Irã e os Emirados Árabes Unidos, além do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – na política e no comércio globais.
O líder do Kremlin vai sediar uma cúpula dos Brics na cidade russa Kazan de 22 a 24 de outubro.
“Os países da nossa associação são essencialmente os impulsionadores do crescimento econômico global. Em um futuro próximo, os Brics gerarão a maioria do aumento do PIB global”, destacou Putin a autoridades e empresários no fórum de negócios dos Brics em Moscou.
“O crescimento econômico dos membros dos Brics dependerá cada vez menos de influência ou interferência externa. Isso é essencialmente soberania econômica”, acrescentou o presidente russo.
A cúpula da próxima semana está sendo apresentada por Moscou como uma prova de que os esforços ocidentais para isolar a Rússia devido à guerra com a Ucrânia falharam.
A Rússia quer trabalhar com outros países para reformular o sistema financeiro global e pôr fim ao domínio do dólar americano.
China, Índia e Emirados Árabes Unidos confirmaram nesta sexta que seus líderes participarão da cúpula em Kazan.
De portas abertas
Putin disse que 30 países de todo o mundo manifestaram interesse em cooperar com os Brics e que a cúpula da próxima semana considerará possíveis opções para a ampliação do grupo.
“As portas estão abertas, não estamos barrando ninguém”, afirmou Putin a repórteres dos países dos Brics.
Putin citou algumas das iniciativas que a Rússia já havia planejado antes da cúpula, incluindo um sistema conjunto de pagamentos transfronteiriços.
Oksana Kobzeva, Gleb Stolyarov e Dmitry Antonov contribuíram com esta matéria.