Três meses antes das mortes de duas gêmeas de 6 anos no Rio Grande do Sul, três gatos da família delas foram mortos sem uma causa aparente. A Polícia Civil do estado investiga se há relação entre os casos.
Uma das linhas de investigação é de que as duas meninas, Antônia e Manoela Pereira, tenham sido envenenadas. O delegado Ivanir Caliari, responsável pelo inquérito, afirmou que a polícia investiga se a mãe das crianças, Gisele Beatriz Dias, 42 anos, utilizou os venenos contra os animais como um “teste para uma posterior intoxicação das meninas”.
Gisele foi presa nesta semana e é considerada suspeita do crime. As mortes de Antônia e Manoela ocorreram em um intervalo de apenas oito dias.
“Os gatos apareceram mortos misteriosamente no interior da casa sem causa justificada, sendo que os gatos eram domésticos e não saíam para a rua”, disse o delegado. “Essa questão do envenenamento dos gatos coloca um ponto de interrogação se tal fato não ocorreu com o intuito de fazer um planejamento para uma posterior intoxicação das meninas”, disse.
A confirmação se as meninas foram, de fato, envenenadas, só será definida após a conclusão do laudo que está sendo elaborado pelo Instituto Geral de Perícias (IGP).
A possibilidade de envenenamento passou a ser considerada porque, segundo as investigações, as irmãs não tinham problemas relevantes de saúde e as mortes delas ocorreram de maneira semelhante: ambas passaram mal, foram hospitalizadas e tiveram parada cardiorrespiratória. Manoela morreu no dia 7 e Antônia, no dia 15.
De acordo com o diretor do Departamento de Polícia do Interior, delegado Cléber Lima, não havia no corpo das crianças nenhuma marca de violência aparente.
Além dos exames nos corpos das meninas, a polícia aguarda o resultado da perícia feita em alimentos encontrados na casa, para determinar se eles também continham substâncias tóxicas que possam ter causado o envenenamento.