Qualquer solução para o conflito regional no Oriente Médio, que se expandiu rapidamente para o Líbano, depende de uma resolução da crise original em Gaza, disse uma autoridade sênior do Hamas nesta quarta-feira (16).
Com a guerra em Gaza já tendo completado um ano, os combates se intensificaram no sul do Líbano, onde as tropas israelenses estão enfrentando no terreno os combatentes do Hezbollah, apoiado pelo Irã. Os ataques correm o risco de virar um conflito em grande escala com Teerã.
Os esforços diplomáticos para interromper os combates estão travados e a atenção agora está voltada para um esperado ataque israelense contra o Irã, depois que Teerã lançou seu segundo ataque com mísseis contra Israel no dia 1° de outubro.
“As duas frentes são tão complicadas e misturadas que não é fácil chegar a um cessar-fogo permanente ou a uma solução permanente para esse conflito sem resolver o conflito original, que é em Gaza”, disse Basem Naim à Reuters em Istambul.
Os comentários destacam a dificuldade de resolver uma guerra que também envolve o movimento Houthi apoiado pelo Irã no Iêmen e que agora ameaça atrair os Estados Unidos, que esta semana enviaram uma bateria de defesa antimísseis para Israel.
A guerra de Gaza eclodiu depois que homens armados liderados pelo Hamas atacaram Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e levando mais de 250 reféns para o enclave palestino, de acordo com os registros israelenses.
A campanha de Israel em resposta matou mais de 42.000 pessoas, segundo as autoridades de Gaza, transformando grande parte do enclave em escombros e deslocando a maioria de sua população.
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