São Paulo viveu um apagão entre os dias 3 e 9 de novembro de 2023. O problema foi totalmente resolvido somente 6 dias após as chuvas que abateram o estado. Desde a última sexta-feira (11), uma outra forte chuva afetou clientes da Enel, distribuidora de energia elétrica em São Paulo e região metropolitana. A situação ainda não foi normalizada.
A italiana Enel comprou a antiga Eletropaulo em meados de 2018. No fim daquele ano, a empresa foi rebatizada. Desde então, a conta de luz de milhões de paulistanos passou a exibir o mesmo nome da empresa que fornece eletricidade a Roma e Milão.
Em 2023 foi preciso 24 horas para retomar o abastecimento de 60% dos consumidores. Em 2024, a Enel precisou de 42 horas para atingir o mesmo percentual. O desempenho da Enel está pior do que em 2023, afirma a Agência Reguladora dos Serviços Públicos do estado de São Paulo (ARSESP).
“No evento de 3 de novembro [a Enel] demorou 24 horas para retomar o abastecimento de 60% dos consumidores interrompidos. Este mesmo patamar de 60% dessa vez foi atingido em 42 horas. São números que nos trazem uma preocupação”, disse Thiago Mesquita Nunes, diretor presidente da ARSESP.
Cenários comparados
As regiões mais afetadas em novembro de 2023, na capital, foram as zonas Sul e Oeste da cidade. Segundo a agência nacional, além da Enel, redes da CPFL, Elektro, EDP e ESS também foram afetadas pelas chuvas, ventos de rajadas que ultrapassaram 100km/h e quedas de árvores.
Durante a tempestade ocorrida na noite da última sexta-feira (11), a cidade de São Paulo foi atingida por ventos de 107,6 km/h, de acordo com informações da Defesa Civil estadual. A capital paulista ficou em estado de atenção em razão das tempestades. Segundo o órgão, foi a ventania mais forte registrada na capital paulista desde 1995.
Em 2023, de acordo com um balanço da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o pico da situação teve 3,7 milhões de pessoas atingidas. Depois de 24 horas, cerca de 2 milhões de pessoas ainda estavam sem energia em todo estado de São Paulo. Três dias depois, cerca de 500 mil clientes continuavam sem luz.
No episódio registrado desde a última sexta-feira, foram 2,1 milhões de clientes que ficaram sem luz em seus imóveis. Cerca de 1,45 milhão de clientes permaneciam sem energia 24 horas após o novo temporal. A concessionária afirmou que as equipes seguem trabalhando para restabelecer o serviço para cerca de 400 mil clientes, três dias após as novas ocorrências.