A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro confirmou que o menino Benjamin Rodrigues Ribeiro, de 7 anos, morreu na tarde desta quarta-feira (9), no Hospital Municipal Miguel Couto.
Ele estava internado há 10 dias, em estado grave, após comer um bombom envenenado junto com o seu colega de escola na Zona Norte do Rio.
A direção do hospital informou que a criança teve morte encefálica e que todo o processo técnico preconizado foi seguido, sendo finalizado nesta quarta-feira. O protocolo durou 48h.
Segundo testemunhas, no dia 30 de setembro, uma mulher teria passado perto da escola onde os meninos estudavam e oferecido o bombom para as crianças.
Após comer o doce, Ythallo Raphael Tobias Rosa, de 6 anos passou mal e foi socorrido pela família para a UPA do bairro de Del Castilho. Em seguida, o outro menino, Benjamin Rodrigues também passou mal e foi levado para a mesma Unidade de Pronto Atendimento.
Ythallo morreu no mesmo dia e Benjamin foi transferido para o Hospital Municipal Miguel Couto, em estado grave. O laudo da necropsia realizada no corpo do menino Ythallo Raphael mostrou que foram encontrados “grânulos de cor amarronzada na traqueia e nos resíduos gástricos” da criança, que indicam ser o que conhecemos como “chumbinho”.
O delegado Marcus Henrique de Oliveira Alves, titular da 44ª DP (Inhaúma), onde o caso foi registrado, explicou que testemunhas contaram que “uma mulher passou perto da escola dos meninos oferecendo bombons para as crianças. Esse bombom o Ythallo pegou, mordeu e depois repartiu com o Benjamim, que veio a ser hospitalizado”.
A mulher também teria oferecido o doce a um primo de Ythallo, de 12 anos. Ele prestou depoimento à polícia e disse que não aceitou o bombom porque tinha acabado de almoçar e estava sem fome. O menino também afirmou que nunca tinha visto a mulher que deu os bombons.
A polícia ainda tenta identificá-la. A investigação foi encaminhada para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). As duas delegacias fazem buscas e diligências.
O corpo de Ythallo foi enterrado no cemitério de Inhaúma, também na Zona Norte. Ainda não se sabe o local do sepultamento do menino Benjamin.