O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, disse que usará seus poderes para evitar um acordo “imprudente” de reféns e cessar-fogo.
A morte de seis reféns em Gaza provocou protestos em massa em Israel, com manifestantes pedindo ao governo para chegar a um acordo para trazer para casa cerca de 100 reféns. Acredita-se que destes, 35 estão mortos.
Ben Gvir e os seus aliados de extrema direita opõem-se firmemente a esta medida.
“Temos poder no governo. Posso dizer que usamos este poder para que não haja acordos imprudentes e para que não haja quaisquer negociações”, disse ele aos membros da Gvura, uma organização de direita que representa as famílias dos soldados israelenses mortos durante a guerra na Faixa de Gaza.
O grupo marchou por Tel Aviv nesta segunda-feira (2) segurando fotos de seus parentes, exigindo que não houvesse trégua.
“Faremos o nosso trabalho para que (o primeiro-ministro israelense) Benjamin Netanyahu não recue, para que não haja acordos imprudentes, para que não haja negociações com aqueles que assassinaram, violaram, massacraram, queimaram. Só há uma maneira de conversar com o Hamas: apenas entre pontos de vista (de armas)”, disse ele.
Ao longo dos quase 11 meses de guerra, Ben Gvir – do partido Poder Judeu (Otzma Yehudit), que ajuda a sustentar a coligação governamental de Netanyahu – se opôs repetidamente a qualquer acordo de cessar-fogo para reféns, ameaçando derrubar o governo caso a campanha militar em Gaza seja encerrada.
Quase toda a população de Gaza foi deslocada em meio à nova ofensiva israelense