A Convenção Nacional Democrata, que começa nesta segunda-feira (19), marca um momento de fortalecimento para Kamala Harris, candidata à presidência dos Estados Unidos. Segundo avaliou a analista de internacional Fernanda Magnotta durante o CNN 360°, a vice-presidente americana chega ao evento em seu “momento mais forte”.
Magnotta destaca que, após meses de incertezas, o partido conseguiu evitar uma crise interna semelhante à ocorrida em 1968.
“A gente chega hoje com Kamala muito fortalecida. Ela, que passou há uns quatro anos em segundo plano no governo, mas desde a sua pré-nomeação tem vivido, primeiro, doações recordes de campanha, depois um volume significativo de mobilização de voluntários para os seus comitês de campanha em vários lugares do país”, diz a analista.
Avanço nas pesquisas
As últimas pesquisas eleitorais também indicam um cenário favorável para Harris.
“Pela primeira vez, desde que o nome dela foi anunciado, inclusive considerando o antecessor de Joe Biden, a campanha democrata passa na pesquisa nacional a campanha republicana”, afirma Magnotta.
De acordo com o agregador RealClearPolitics, Kamala Harris aparece com 48,1% das intenções de voto, contra 46,7% de Donald Trump, uma diferença de quase um ponto e meio percentual.
A analista ressalta que, embora esse número seja mais um “medidor de popularidade”, já que a eleição nos EUA não é decidida pelo voto popular nacional, Harris também apresenta bom desempenho em estados-chave.
“Nós temos Kamala despontando em Wisconsin, onde ela não tinha nem Joe Biden, a preferência, despontando no Michigan, abrindo uma diferença de dois pontos em relação ao Trump, o que é surpreendente. E em estados como a Pensilvânia e o Arizona nós temos empate técnico nesse momento”, detalha Magnotta.
Unidade do partido
A analista destaca ainda que a convenção acontece em um clima de otimismo, com o apoio de lideranças tradicionais e da nova geração do partido.
“Todos os grandes líderes, os grandes nomes, os patronos do partido, endossando Kamala Harris, assim como a nova geração, que poderia ser uma geração concorrente, mas que entendeu que nesse momento era preciso permanecer embarcado”, observa.
Para Magnotta, a convenção promete ser “muito marcante” e “significativa”, representando uma renovação para o Partido Democrata, “que até outro dia estava órfão de lideranças”.
O evento, que ocorre de forma virtual, deve consolidar a candidatura de Kamala Harris e definir as estratégias do partido para as eleições de novembro.
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