O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em publicação que um acordo de reféns foi alcançado entre Israel e Hamas, e que os reféns detidos pelo grupo seriam “liberados em breve”.
“TEMOS UM ACORDO PARA OS REFÉNS NO ORIENTE MÉDIO. SERÃO LIBERADOS EM BREVE. OBRIGADO!”, postou Trump no Truth Social.
Em outra postagem, o republicano também atribuiu o sucesso do acordo à sua vitória nas eleições presidenciais em novembro que, segundo ele, “sinalizou ao mundo inteiro que a minha administração procuraria a paz”.
“Este ÉPICO acordo de cessar-fogo só poderia ter acontecido como resultado da nossa Vitória Histórica em Novembro, pois sinalizou ao mundo inteiro que a minha Administração procuraria a Paz e negociaria acordos para garantir a segurança de todos os Americanos e dos nossos Aliados”, escreveu Trump. “Estou emocionado pelos reféns americanos e israelenses retornarem para casa para se reunirem com suas famílias e entes queridos.”
“Com este acordo em vigor, a minha equipe de Segurança Nacional, através dos esforços do Enviado Especial para o Médio Oriente, Steve Witkoff, continuará a trabalhar em estreita colaboração com Israel e os nossos Aliados para garantir que Gaza NUNCA mais se torne um porto seguro para terroristas”, adicionou o presidente.
“Continuaremos a promover a PAZ ATRAVÉS DA FORÇA em toda a região, à medida que aproveitamos o impulso deste cessar-fogo para expandir ainda mais os Acordos Históricos de Abraham. Este é apenas o começo de grandes coisas que estão por vir para a América e para o mundo!”
Trump finalizou: “Conseguimos muito mesmo sem estar na Casa Branca. Imaginem todas as coisas maravilhosas que acontecerão quando eu voltar à Casa Branca e a minha Administração estiver totalmente confirmada, para que possam garantir mais vitórias para os Estados Unidos!”
O republicano toma posse na próxima segunda-feira (20).
Conforme apuração da CNN, o governo de Israel e o Hamas concordaram com um cessar-fogo para a Faixa de Gaza e libertação gradual de reféns e prisioneiros palestinos.
O acordo ainda não foi anunciado formalmente. Segundo apuração, no entanto, o Hamas e grupos aliados devem libertar 33 reféns na primeira fase. Em troca, Israel libertará centenas de prisioneiros palestinos.
As negociações para chegar à segunda fase – que visa acabar com a guerra – começariam no 16º dia da implementação do acordo.
Em uma declaração anterior, o Hamas afirmou que havia consultado grupos aliados sobre o que havia sido proposto pelos mediadores.
“O movimento lidou com esse assunto com total responsabilidade e positividade, decorrente de seu dever para com nosso povo firme e resiliente na Faixa de Gaza, para parar a agressão sionista contra eles e pôr fim aos massacres e genocídios que eles estão enfrentando”, destacaram.
Entenda o conflito na Faixa de Gaza
Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.
Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
A população israelense faz protestos constantes contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.
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