O gabinete de comunicação social do governo do Hamas em Gaza emitiu comunicado pedindo aos residentes do território para que não se desloquem até o início oficial do cessar-fogo.
“O Gabinete de Comunicação Social do Governo apela aos cidadãos honorários para não se deslocarem antes do início oficial do cessar-fogo e que obtenham informações sobre o momento em que o cessar-fogo entrará ao vigar junto a fontes oficiais”, afirmou o gabinete em nota.
Conforme apuração da CNN, o governo de Israel e o Hamas concordaram com um cessar-fogo para a Faixa de Gaza e libertação gradual de reféns e prisioneiros palestinos.
O acordo ainda não foi anunciado formalmente. Segundo apuração, no entanto, o Hamas e grupos aliados devem libertar 33 reféns na primeira fase. Em troca, Israel libertará centenas de prisioneiros palestinos.
As negociações para chegar à segunda fase – que visa acabar com a guerra – começariam no 16º dia da implementação do acordo.
Em uma declaração anterior, o Hamas afirmou que havia consultado grupos aliados sobre o que havia sido proposto pelos mediadores.
“O movimento lidou com esse assunto com total responsabilidade e positividade, decorrente de seu dever para com nosso povo firme e resiliente na Faixa de Gaza, para parar a agressão sionista contra eles e pôr fim aos massacres e genocídios que eles estão enfrentando”, destacaram.
Entenda o conflito na Faixa de Gaza
Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.
Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
A população israelense faz protestos constantes contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.
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