A ex-primeira-dama dos Estados Unidos Michelle Obama não comparecerá à posse de Donald Trump como presidente na próxima semana, informou o gabinete dela nesta terça-feira (14), sem fornecer uma explicação para a decisão.
“O ex-presidente Barack Obama está confirmado para comparecer à 60ª Cerimônia de Posse. A ex-primeira-dama Michelle Obama não comparecerá à próxima posse”, disse uma declaração do gabinete do casal.
A decisão de não comparecer à cerimônia é uma ruptura com a tradição da qual ex-presidentes e suas esposas normalmente participam.
O ex-presidente George W. Bush e Laura Bush comparecerão à posse, informou o gabinete do casal, e fontes pontuaram à CNN que o ex-presidente Bill Clinton e Hillary Clinton também estarão lá.
Michelle Obama também não compareceu a um serviço em homenagem ao ex-presidente Jimmy Carter na semana passada, permanecendo no Havaí.
O ex-presidente Barack Obama compareceu ao evento na Catedral Nacional em Washington, sentando-se ao lado de Trump e conversando animadamente com ele.
Outras ex-primeiras-damas, incluindo Hillary Clinton e Laura Bush, também compareceram ao evento de Carter.
Relação tensa entre Michelle e Trump
Michelle Obama falou abertamente sobre sua animosidade em relação a Trump, a quem ela acusou de colocar a segurança de sua família em perigo por meio de sua retórica.
Em 2017, ela deixou as ressalvas de lado depois que Trump venceu sua primeira eleição presidencial, recebendo o então presidente eleito e Melania Trump na Casa Branca para um chá antes da posse daquele ano.
Nos anos seguintes, ela falou sobre a experiência de estar na cerimônia quando Trump foi empossado.
“Houve lágrimas, houve aquela emoção. Mas então sentar naquele palco e assistir ao oposto do que representávamos em exibição — não havia diversidade, não havia cor naquele palco, não havia reflexo do sentido mais amplo da América”, comentou Michelle em um podcast em 2023.
Os Trump não compareceram à posse do presidente Joe Biden em 2021 em meio às falsas alegações de que o republicano venceu a eleição de 2020.
*Jamie Gangel, da CNN, contribuiu para esta reportagem