O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, não compareceu à audiência de medidas cautelares convocadas contra ele nesta terça-feira (14). Em seu lugar enviou seu advogado, Jorge Pérez, que justificou a ausência de seu cliente por “problemas de saúde e idade avançada”, informou a Agência Boliviana de Informação (ABI).
O juiz Nelson Alberto Rocabado intimou Morales no caso de suposto tráfico de pessoas agravado, pela acusação de ter tido relações íntimas com uma adolescente em 2015, quando ocupava a presidência da Bolívia. Morales rejeitou as acusações.
A promotora Sandra Gutiérrez informou que a mãe da jovem envolvida no caso também não compareceu à audiência, informaram vários meios de comunicação locais. A CNN consultou o promotor sobre essas reportagens e aguarda resposta.
Gutiérrez disse esta terça-feira que um juiz cautelar ordenou que um médico legista realizasse uma avaliação médica em Morales no local onde se encontra e que os resultados fossem apresentados no prazo de 48 horas. “Na sexta-feira o deputado Juan Evo Morales comparecerá à audiência de medidas cautelares”, pediu Gutiérrez, que suspendeu a audiência até sexta-feira, dia 17 de janeiro.
Caso não compareça na nova data, será declarado pessoa “in absentia” e será emitido um mandado de prisão, bem como a averbação preventiva de todos os seus bens, explicou o juiz.
A CNN tentou contato com a equipe de Morales para comentar o assunto e aguarda uma resposta.
Em outubro de 2024, o ex-presidente foi intimado a depor, mas também não compareceu à audiência. Mais tarde, em dezembro daquele ano, Morales foi acusado criminalmente de tráfico de pessoas agravado e um mandado de prisão e um alerta de imigração foram emitidos para impedi-lo de deixar o país.
Morales disse que esta denúncia é uma “guerra suja” que, na sua opinião, as autoridades travaram contra ele para impedi-lo de concorrer a uma nova corrida presidencial em 2025.