Israel confirmou que um refém encontrado morto em Gaza era Hamza Ziyadne, filho de outro refém, Youssef Ziyadne, cujo corpo estava ao lado do dele em um túnel subterrâneo perto da cidade de Rafah, no sul.
A família de Hamza, um beduíno israelense feito de refém por combatentes liderados pelo Hamas ao lado de seu pai, foi notificada de sua morte após a conclusão dos testes científicos, anunciaram os militares israelenses nessa sexta-feira (10).
No início desta semana, eles disseram que os corpos de ambos os reféns foram recuperados perto dos guardas armados do grupo islâmico Hamas ou de outro grupo palestino, acrescentando que suas mortes não pareciam ter sido recentes e ainda não estava claro como eles foram mortos.
Não houve comentários imediatos do Hamas.
A recuperação dos corpos ocorreu em meio a esforços renovados dos mediadores Catar, EUA e Egito para chegar a um acordo de interromper os combates em Gaza e libertar os reféns israelenses restantes antes que o presidente eleito Donald Trump tome posse em 20 de janeiro.
O Hostages and Missing Family Forum, a organização que representa a maioria das famílias, repetiu seu apelo ao governo israelense para concluir um acordo com o Hamas e trazer de volta os reféns, dizendo que Youssef e Hamza poderiam ter sido salvos por meio de um acordo anterior.
As negociações estão em impasse há um ano sobre duas questões fundamentais. O Hamas disse que só libertará seus reféns restantes se Israel concordar em encerrar a guerra e retirar todas as suas tropas de Gaza. Israel diz que não encerrará a guerra até que o Hamas seja desmantelado e todos os reféns sejam libertados.
Israel lançou seu ataque a Gaza depois que os combatentes do Hamas invadiram sua fronteira há 15 meses, matando 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns, de acordo com as contagens israelenses.
Desde então, mais de 46 mil pessoas foram mortas em Gaza, segundo autoridades de saúde palestinas, com grande parte do enclave devastado e a maioria da população do território — deslocada diversas vezes — enfrentando escassez aguda de alimentos e medicamentos devido às ações de Israel, reportam agências humanitárias.