Dois homens foram presos envolvidos no estupro coletivo e feminicídio de uma indígena da etnia Baré na última terça-feira (7), na comunidade do Cumaru, na região do médio Rio Negro, zona rural de Barcelos, no Amazonas. Rosimar Santos de Oliveira, de 45 anos, foi estuprada e morta, na madrugada de sexta-feira (3).
Sirrico Aprueteri Yanomami, de 19 anos, foi preso na útlima terça-feira (7) como um dos autores diretos do crime. Durante a operação, Sandoval Aprueteri Yanomami também foi detido por auxiliar na fuga dos criminosos.
Outros dois envolvidos, Klesio Aprueteri Yanomami, de 26 anos, e um adolescente de 17 anos, estão sendo procurados pelas autoridades. Todos os envolvidos pertencem à mesma etnia.
As investigações apontam que os autores conheceram Rosimar Santos de Oliveira a vítima em uma festa na noite anterior ao crime, quinta-feira (2). Na madrugada, aproveitaram o momento em que Rosimar voltava para casa para cometer o estupro coletivo e o feminicídio.
O corpo de Rosimar foi encontrado em um terreno abandonado na zona urbana de Barcelos. O crime foi agravado e compartilhado em aplicativos de mensagens.
Segundo o delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres, Sirrico Aprueteri Yanomami já possuia um histórico de estupro em outro estado.
A Funai condenou o brutal crime e garantiu assistência à família de Rosimar dos Santos Oliveira, buscando a responsabilização dos criminosos e o devido suporte socioassistencial e psicológico.
Para garantir a segurança local e mediar possíveis conflitos interétnicos, a Funai acionou a Força Nacional e enviou uma equipe a Barcelos para apoiar a família e acompanhar o caso junto ao sistema de segurança pública.
A Funai também tem dialogado com a Associação Indígena de Barcelos (Asiba) e as comunidades Yanomami e Baré para prevenir tensões.
A fundação enfatizou que a violência não se justifica por questões culturais, reiterando que as culturas indígenas valorizam o respeito, o equilíbrio e a harmonia.
A prisão e investigação do caso foram feitas pela Polícia Civil do Amazonas, em uma ação conjunta com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Militar do Amazonas (PMAM) e a Guarda Civil Municipal (GCM).