Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (30) quase US$ 6 bilhões em assistência militar e orçamentária adicional para a Ucrânia, enquanto o presidente Joe Biden usa suas últimas semanas no cargo para aumentar a ajuda a Kiev antes que o presidente eleito Donald Trump assuma o poder.
Biden também anunciou US$ 2,5 bilhões em assistência de segurança adicional para a Ucrânia.
A secretária do Tesouro Janet Yellen afirmou que os Estados Unidos disponibilizaram US$ 3,4 bilhões em ajuda orçamentária adicional para a Ucrânia, dando ao país devastado pela guerra recursos essenciais em meio à intensificação dos ataques russos a civis e infraestrutura ucranianos.
“Sob minha direção, os Estados Unidos continuarão a trabalhar incansavelmente para fortalecer a posição da Ucrânia nesta guerra durante o restante do meu mandato”, declarou Biden em um comunicado.
O anúncio do democrata inclui US$ 1,25 bilhão em ajuda militar retirada dos estoques dos EUA e um pacote de US$ 1,22 bilhão da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia (USAI), o pacote final da USAI do mandato de Biden.
Sob a USAI, o equipamento militar é adquirido da indústria de defesa ou de parceiros, em vez de retirado de estoques americanos, o que significa que pode levar meses ou anos para chegar ao campo de batalha.
Último recurso de Biden a Zelensky
Yellen informou em uma declaração que a assistência orçamentária direta, fornecida em coordenação com a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional e o Departamento de Estado, marcou o desembolso final sob o Ato de Dotações Suplementares de Segurança da Ucrânia de 2024.
O Congresso dos EUA aprovou US$ 175 bilhões em assistência total para a Ucrânia desde a invasão da Ucrânia pela Rússia há quase três anos, segundo o Comitê apartidário para um Orçamento Federal Responsável. Recentemente, os russos têm usado tropas norte-coreanas para reforçar sua posição de combate.
As forças norte-coreanas estão sofrendo baixas em massa nas linhas de frente da guerra da Rússia contra a Ucrânia, com mil soldados mortos ou feridos somente na última semana na região de Kursk, na Rússia, pontuou o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, na sexta-feira (27).
Biden anunciou que a nova assistência fornecerá à Ucrânia “um influxo imediato de capacidades que ela continua a usar com grande efeito no campo de batalha e suprimentos de longo prazo de defesa aérea, artilharia e outros sistemas de armas críticos”.
Quase três anos após o início da guerra, Washington comprometeu bilhões de dólares em ajuda para a Ucrânia, mas é incerto se a ajuda continuará nesse ritmo sob Trump, que sucederá Biden em 20 de janeiro.
O republicano exclamou que quer dar um fim rápido à guerra.
Ajuda americana
Uma autoridade dos EUA comunicou que os US$ 3,4 bilhões em financiamento orçamentário elevam o total em ajuda orçamentária dos EUA à Ucrânia para pouco mais de US$ 30 bilhões desde a invasão da Rússia em fevereiro de 2022.
A maioria desses fundos é usada para manter o governo da Ucrânia funcionando pagando salários a professores e outros funcionários públicos.
Washington forneceu separadamente cerca de US$ 61,4 bilhões em assistência de segurança a Kiev desde o início da guerra, conforme o Pentágono.
Biden explicou que o Departamento de Defesa está no processo de entregar centenas de milhares de projéteis de artilharia, milhares de foguetes e centenas de veículos blindados “que fortalecerão a posição da Ucrânia à medida que ela se aproxima do inverno”.
Yellen disse que a ajuda econômica contínua para a Ucrânia era crucial para permitir que ela mantivesse os serviços governamentais e continuasse a defender sua soberania, alertando contra movimentos para cortar o financiamento.
“O sucesso da Ucrânia é do interesse nacional central da América”, falou a secretária, prometendo continuar a pressionar Moscou com sanções e ajudar a posicionar a Ucrânia para alcançar uma paz justa. “Não devemos recuar neste esforço”.