O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou nesta sexta-feira (19) que a Ucrânia “comete repetidamente atos de terror contra cidadãos russos”. O comentário foi feito após o assassinato de um importante general russo em Moscou.
Igor Kirillov, que era o chefe das tropas de proteção nuclear, biológica e química da Rússia, foi morto na terça-feira (17) em uma explosão. Ele é o militar de maior patente assassinado pela Ucrânia.
O assistente de Kirillov, Ilya Polikarpov, também morreu no local. O atentado ocorreu a sete quilômetros do Kremlin.
“Este assassinato foi cometido de uma forma que é perigosa para a vida de muitas pessoas. O regime de Kiev tem cometido repetidamente tais crimes, crimes terroristas, ataques terroristas contra muitos cidadãos da Rússia”, afirmou Putin.
A Rússia disse na quarta-feira (18) que deteve um cidadão do Uzbequistão suspeito de ter matado Kirillov sob as instruções do serviço de segurança da Ucrânia.
Em resposta ao ataque, os russos prometeram vingança imediata.
Entenda a Guerra entre Rússia e Ucrânia
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin. Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.
Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.
As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.
O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.
A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.
O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.
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