Um mercado de Natal foi aberto em Damasco, capital da Síria, nesta quinta-feira (19), cerca de dez dias após a queda do regime de Bashar al-Assad.
Visitantes lotaram o local e tiraram fotos.
Veja vídeo da decoração natalina:
Yaza al-Sahour, um dos homens no mercado, expressou esperança de que a Síria seja reconstruída como um “país para todos os grupos e religiões”.
Em 8 de dezembro, o grupo islâmico sunita Hayat Tahrir al-Sham (HTS), a atual força governante na Síria, assumiu o controle do país após tomar Damasco.
Desde então, muitos sírios fugiram temendo perseguição, apesar das garantias de segurança por parte dos novos governantes.
Os principais diplomatas dos Estados Unidos, da Turquia, da União Europeia e das nações árabes se encontraram na Jordânia no sábado (14) e destacaram que um novo governo na Síria deve respeitar os direitos das minorias.
Entenda o conflito na Síria
O regime da família Assad foi derrubado na Síria no dia 8 de dezembro, após 50 anos no poder, quando grupos rebeldes tomaram a capital Damasco.
O presidente Bashar al-Assad fugiu do país e está em Moscou após ter conseguido asilo, segundo uma fonte na Rússia.
A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.
O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.
Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.
Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.
A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.
Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.
Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.
Saiba quem é o líder rebelde sírio e o grupo que derrubou Bashar al-Assad