Um ciclone subtropical atingiu o Rio Grande do Sul no último domingo (15), causando estragos em diversas regiões do estado. Ventos intensos com rajadas de até 100 km/h, acompanhados de chuvas torrenciais, deixaram feridos e lugares sem luz.
Uma área de baixa pressão atmosférica se intensificou na altura do litoral entre o Rio Grande do Sul e Uruguai dando origem à tempestade subtropical Biguá.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as regiões mais atingidas foram o litoral e o do sul do estado. A força do ciclone derrubou árvores, arrancou telhados, destruiu pontes e causou interrupções no fornecimento de energia elétrica. Casas e locais também foram danificados.
A Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica Equatorial (CEEE) informou que cerca de 230 mil clientes ficaram sem energia elétrica, em última atualização a cerca de 118 mil clientes já tiveram a energia reestabelecida. A Rio Grande Energia (RGE) também registrou inúmeras ocorrências,o vento forte atingiu a rede elétrica nas regiões dos Vales, Metropolitana e da Serra.
Em Butiá, a aproximadamente 80 quilômetros de Porto Alegre, a estrutura de uma quadra de futebol desabou, ferindo um menino que foi socorrido e encaminhado ao hospital São Jerônimo para avaliação médica. Veja abaixo:
A Defesa Civil estadual contabilizou diversos municípios atingidos, com relatos de queda de árvores, destelhamentos e alagamentos. Veja abaixo:
- Triunfo: Queda de 1 árvore;
- Encantado: Queda de 1 árvore;
- Pelotas: Queda de árvores;
- Capão do Leão: 8 residências com danos no telhado e queda de árvores;
- Arroio Grande: 2 residências com danos no telhado, alagamentos em algumas residências na Vila Santa Isabel. 1 desalojado;
- Butiá: Queda do telhado de uma quadra de futebol. 2 feridos, ambos estáveis.
O Corpo de Bombeiros auxiliou em chamados de destelhamento, e acrescentaram que, não há, ainda, um compilado desses atendimentos.
O Inmet e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) registraram elevados índices pluviométricos em diversas localidades, com destaque para Jaguarão e Canguçu, que registraram mais de 50 mm de chuva em um curto período.
Ele pode causar ventos fortes, chuvas intensas, ondas altas, alagamentos e deslizamentos.
Segundo a Climatempo, um ciclone subtropical é um centro de baixa pressão atmosférica que se organiza isoladamente, sem estar associado a uma frente fria.
No Hemisfério Sul, o ar ao redor do centro de baixa pressão se movimenta no sentido horário. Próximo da superfície, o centro dos ciclones subtropicais é mais quente do que a atmosfera ao redor.
Isso deixa a atmosfera mais instável e aumenta as condições para ocorrência de tempestades severas.
Ele pode se intensificar para uma depressão subtropical, quando tem ventos abaixo de 63 km/h. Se o ciclone continua se intensificando, pode se tornar uma tempestade subtropical, com velocidade do vento igual ou maior a 63 km/h e menor do que 118 km/h.