Os EUA e o Iraque estão “determinados a garantir que o Estado Islâmico não possa ressurgir” após o colapso do regime de Assad na Síria, disse o secretário de Estado, Antony Blinken, nesta sexta-feira (13) depois de se reunir com o primeiro-ministro iraquiano.
Falando na Embaixada dos EUA em Bagdá, Blinken observou que os EUA e o Iraque “tiveram um tremendo sucesso em tirar o califado territorial que o Estado Islâmico havia criado anos atrás, e agora, tendo colocado o Daesh de volta em sua caixa, não podemos deixá-lo sair.” Daesh é outro nome para o ISIS.
“Estamos determinados a garantir que isso não aconteça”, disse Blinken, acrescentando que nenhum país sabe mais do que o Iraque da importância da Síria não se tornar uma plataforma para o terrorismo.
Blinken também reafirmou o compromisso dos EUA de trabalhar com o Iraque “em segurança e sempre trabalhando pela soberania do Iraque para garantir que isso seja fortalecido e preservado.”
Ele acrescentou que “o que está acontecendo na Síria tem um impacto importante, e é muito significativo que o Iraque, juntamente com muitos outros países da região e além, vai fazer os melhores esforços para apoiar o povo sírio como eles emergem dos anos de Assad.”
A entrega do poder às forças rebeldes na Síria foi recebida com comemoração, bem como incerteza e preocupação. Não está claro como seria um novo sistema de governo na Síria, como ele funcionará dado os grupos e interesses diferentes envolvidos, e se o reordenamento do poder só levará a mais instabilidade.
Entre outros, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, alertou que o ISIS poderia tirar proveito de um vácuo de poder no país.
