Um dos alvos da operação contra corrupção policial com influenciadores é o funkeiro MC Paiva, conforme apuração da CNN.
A Polícia Federal realizou uma operação contra policiais civis suspeitos de cobrar propina de influenciadores em São Paulo, na manhã desta quinta-feira (12).
O cantor de funk, alvo da operação, utiliza das redes sociais, onde acumula mais de 8 milhões de seguidores, para publicar sua rotina com a música, além de ostentar uma vida de luxo com carros, joias, dinheiro e viagens.
Em uma das publicações em seu Instagram, o MC posou ao lado de um veículo de luxo e afirmou “Mais uma. Essa comprei só pra bater lata”.
MC Paiva soma mais de 50 músicas lançadas, entre as quais algumas são de composição própria e outras aparece como participação. Nas redes sociais, o cantor se identifica como “Magnata”, que faz referência a uma pessoa poderosa, rica e influente.
Jogos de azar
O cantor é suspeito de estar envolvido em um esquema em que policiais civis de SP teriam solicitado valores a produtores, empresários e cantores para não avançarem em inquéritos de contravenção penal por exploração de jogos de azar.
A PF aponta que esses jogos seriam “rifas” promovidas e divulgadas por artistas e influenciadores em suas redes sociais.
A realização de sorteios que caracterizem “rifa” não são autorizados pelo Ministério da Fazenda, o que configura “jogo ilegal”.
Os agentes cumpriram um mandado de prisão preventiva e seis de busca e apreensão durante a Operação Latus Actio II. Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido na casa do artista. Diversos colares, relógios e joias foram apreendidos. Veja uma imagem abaixo das apreensões.
Segundo a polícia, os artistas que promoveram as rifas ilegais temiam que as investigações conduzidas pelos policiais suspeitos resultassem em ordens judiciais, que determinariam no bloqueio de seus perfis nas redes, principalmente no Instagram.
Por isso, os influenciadores teriam concordado a pagar propina aos agentes para evitar prejuízos econômicos e de imagem.
A CNN tenta contato com a defesa do MC Paiva.
*Sob supervisão