A recente tomada de poder na Síria por grupos rebeldes, liderados pelo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), levanta preocupações sobre o futuro político do país. Priscila Caneparo, especialista em Direito Internacional, em entrevista à CNN Brasil, alertou para a possibilidade de um regime mais radical se instaurar no país.
Segundo Caneparo, apesar do discurso inicial do HTS ser mais apaziguador, há indícios de que o grupo possa adotar uma postura mais extremista no futuro. “Infelizmente, acredito muito que esse regime irá se radicalizar, é próprio dessa pertença do giradismo, é próprio da consolidação e da estruturação do HTS, ter esse âmbito mais radical”, afirmou a especialista.
Origens preocupantes e possíveis desdobramentos
O HTS, considerado um grupo terrorista por diversos países, incluindo os Estados Unidos e a Turquia, tem origens ligadas à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico. Esse histórico levanta questionamentos sobre a real intenção do grupo ao assumir o poder na Síria.
Caneparo destacou que o líder do HTS já manifestou a intenção de implantar um governo sírio inclusivo, mas regido pela Sharia, uma interpretação considerada radical do Alcorão. “A Sharia é uma interpretação muito radical, uma interpretação quase que errada do Alcorão, justamente para se ter uns preceitos religiosos extremados”, explicou a especialista.
Paralelo com outros países da região
A especialista traçou um paralelo com a situação vivida no Egito após a Primavera Árabe em 2011. Naquele contexto, a ascensão da Irmandade Muçulmana ao poder não resultou em melhorias para a população egípcia, mas sim em extrema repressão.
Caneparo conclui com uma perspectiva pessimista: “Infelizmente, a prospecção não é nada animadora. Uma vez consolidado, o movimento tende a radicalizar-se, comprometendo a consolidação dos direitos humanos e o respeito às minorias na Síria’.
Confira a entrevista na íntegra
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