O professor de Relações Internacionais da ESPM, Gunther Rudzit, em entrevista à CNN Brasil, abordou a persistente ameaça do Estado Islâmico na Síria, mesmo com sua presença territorial significativamente reduzida. Segundo o especialista, a preocupação com o grupo extremista permanece tão séria que tem direcionado as ações militares dos Estados Unidos na região.
Rudzit explicou que as operações americanas, especialmente as ações aéreas e de forças especiais, têm se concentrado em eliminar a liderança do Estado Islâmico. O objetivo principal dessas intervenções é impedir que o grupo consiga se reorganizar e aproveitar o vácuo de poder existente na Síria para expandir sua influência.
A resiliência ideológica do extremismo
O professor ressaltou um desafio crucial no combate a grupos como o Estado Islâmico: a força de sua ideologia. “O grande problema de qualquer movimento como esse, como o Hamas, como o Hezbollah, é que vira uma ideologia”, afirmou Rudzit. Ele argumentou que, mesmo com a eliminação de lideranças, enquanto houver uma parcela da população disposta a seguir e morrer pela causa, o grupo continuará existindo.
A natureza fundamentalista e o forte apelo religioso do Estado Islâmico são apontados como fatores que contribuem para sua persistência, mesmo em uma área geográfica muito menor do que já ocupou no passado. “Isso não vai ser eliminado tão facilmente não, infelizmente”, concluiu o especialista, indicando que a ameaça representada pelo grupo terrorista continua sendo um desafio de longo prazo para a segurança internacional.
A análise de Rudzit destaca a complexidade do cenário geopolítico na Síria e no Oriente Médio como um todo. A persistência de grupos extremistas, mesmo após significativas perdas territoriais, evidencia a necessidade de abordagens que vão além das ações militares, incluindo estratégias para combater a propagação de ideologias extremistas e abordar as condições socioeconômicas que podem alimentar o recrutamento para esses grupos.
Confira a entrevista na íntegra
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