A Rússia está acompanhando os acontecimentos na Coreia do Sul “com preocupação”, depois que o presidente Yoon Suk Yeol decretou Lei Marcial — a medida foi revogada após votação da Assembleia Nacional do país.
A declaração foi feita por Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia. Ela acrescentou que não há ameaças aos cidadãos russos na região.
Moscou estreitou os laços com a Coreia do Norte desde o início da guerra na Ucrânia, despertando alerta nos países ocidentais.
Os legisladores sul-coreanos apresentaram nesta quarta-feira (4) um projeto de lei de impeachment contra o presidente Yoon. Ele reverteu a declaração de Lei Marcial depois da votação do Parlamento.
A medida, no entanto, desencadeou uma crise política na quarta maior economia da Ásia e importante aliada dos EUA.
“Estamos observando com preocupação os trágicos acontecimentos que se desenrolam na Coreia do Sul”, declarou Zakharova durante entrevista coletiva.
“A situação na península coreana já está complicada pelas ações dos Estados Unidos e dos seus aliados”, continuou.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o da Coreia do Norte, Kim Jong-un, concordaram em junho com um tratado que incluía uma cláusula de defesa mútua.
Os Estados Unidos, a Coreia do Sul e a Ucrânia acusaram a Coreia do Norte de enviar mais de 10 mil soldados para a região de Kursk, onde as forças russas estão lutando contra soldados ucranianos. Moscou não confirmou nem negou a presença.