Uma mulher que voou clandestinamente em um avião da Delta Air Lines de Nova York para Paris no início desta semana permanece na França depois de causar um novo transtorno em um voo programado para levá-la de volta aos Estados Unidos neste sábado (30), de acordo com duas fontes policiais.
A mulher foi retirada do avião que a levaria de volta antes que ele decolasse em Paris, disseram as autoridades à CNN. A volta aos EUA não foi remarcado, ressaltaram as fontes.
A mulher estava em uma zona de espera do aeroporto Charles de Gaulle – conhecida como ZAPI – para pessoas que aguardam deportação, por não ter as condições para entrar na Europa, noticiou anteriormente a CNN.
Falha na segurança
Os investigadores estão tentando determinar como ela passou por vários postos de controle de segurança no Aeroporto Internacional JFK, em Nova York, e embarcou em um avião para Paris, aparentemente escondida nos banheiros da aeronave durante o voo.
A mulher não tinha cartão de embarque, mas passou por uma triagem de segurança e contornou duas estações de verificação de identidade e status de embarque, de acordo com a Administração de Segurança de Transporte dos EUA (TSA, na sigla em inglês).
O incidente de terça-feira aconteceu em um dos dias de viagens mais movimentados do ano. Quase 2,7 milhões de passageiros viajaram de avião naquele dia, antes do feriado de Ação de Graças, segundo dados da TSA.
A passageira clandestina não carregava nenhum item proibido, de acordo com um porta-voz do órgão.
A Delta disse que está trabalhando com as autoridades e conduzindo uma investigação própria.
“Nada é de maior importância do que questões de segurança e proteção”, pontuou um porta-voz da Delta em comunicado.
“É por isso que a Delta está conduzindo uma investigação exaustiva do que pode ter ocorrido e trabalhará em colaboração com outras partes interessadas da aviação e com as autoridades policiais para esse fim”, ressaltou a companhia.
A CNN entrou em contato com o FBI, a agência federal de investigações dos EUA, e a agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras americana para obter mais informações.
Passageira tem passaporte russo
A passageira clandestina é uma mulher que tem 55 e 60 anos e possui passaporte russo, segundo informou um aeroporto oficial de Paris.
Quando a mulher for enviada de volta aos EUA, a TSA poderá emitir uma pena civil e as autoridades de Nova York poderão prendê-la, embora não estejam atualmente envolvidas, disse à CNN um funcionário federal familiarizado com a investigação.
A TSA está conduzindo sua própria investigação do incidente, observou o oficial.
Rob Jackson, corretor de imóveis de Nova York, estava no voo da Delta quando a passageira clandestina foi descoberta e relatou à CNN que os passageiros foram orientados a permanecer sentados após o pouso para que a polícia pudesse embarcar no avião.
“Na verdade, não vi a pessoa em questão. Aparentemente, ela se escondeu em um banheiro na parte traseira da aeronave quando partimos do JFK”, destacou Jackson.
“O primeiro anúncio aos passageiros de que havia um problema foi quando estacionamos no portão e eles nos instruíram a permanecer sentados porque a polícia francesa iria embarcar na aeronave para lidar com ‘um sério problema de segurança’”, explicou.
*Holmes Lybrand, Amanda Jackson, Lex Harvey e Saskya Vandoorne, da CNN, contribuíram para esta reportagem