Israel e Hezbollah trocaram acusações de violação do cessar-fogo recentemente estabelecido, após tanques israelenses atingirem cinco cidades no Líbano. O incidente levanta questionamentos sobre a eficácia e a durabilidade do acordo.
A analista de Internacional Fernanda Magnotta comentou durante o CNN 360° desta quinta-feira (28) a situação, destacando que esse tipo de cessar-fogo segue um padrão já observado anteriormente entre esses mesmos atores, com duração geralmente curta.
Segundo a especialista, o principal desafio para tornar um cessar-fogo mais robusto é a construção de confiança entre as partes envolvidas.
Desafios estruturais e interesses incompatíveis
Magnotta ressaltou que há uma dificuldade estrutural nesse caso, pois os atores envolvidos têm interesses muito incompatíveis. Além disso, a analista explicou que ambos os lados se beneficiam da permanente ameaça como parte de sua legitimação doméstica.
“O inimigo externo a ser combatido interessa aos dois lados, isso dá a eles protagonismo político e inclusive razão de existir do ponto de vista das suas audiências internas”, afirmou.
A especialista também destacou que não surpreende o fato de o acordo estar sendo denunciado tão rapidamente após sua implementação. Ela argumenta que isso faz parte de um certo roteiro para manter a voz ativa de cada um dos grupos envolvidos.
Contexto geopolítico complexo
Magnotta chamou a atenção para a complexidade geopolítica da região, mencionando a triangulação de interesses internacionais. Ela citou o envolvimento do Irã, dos Estados Unidos – que mediaram o acordo, mas têm interesse direto em um dos lados – e do próprio Hamas no contexto israelense.
A analista concluiu que a paz na região continua frágil, reforçando a necessidade de um engajamento mais amplo de todos os stakeholders envolvidos para que se possa construir uma confiança mais sólida e duradoura entre as partes em conflito.
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