A Ucrânia deveria pensar em reduzir a idade mínima para convocação ao serviço militar para 18 anos, disse nesta quarta-feira (27) uma autoridade sênior da administração dos Estados Unidos, pressionando Kiev a aumentar suas forças de combate na guerra contra a Rússia.
Em entrevista com repórteres, a autoridade disse que a Ucrânia não estava mobilizando ou treinando soldados novos suficientes para substituir aqueles perdidos no campo de batalha.
“A necessidade no momento é de pessoal”, disse. “Os russos de fato estão fazendo progresso, progresso constante, no leste, e estão começando a fazer as linhas ucranianas em Kursk recuarem… Mobilização e mais pessoal poderiam fazer uma diferença significativa neste momento.”
Forças russas estão avançando na Ucrânia no ritmo mais rápido desde os primeiros dias da invasão de 2022, e tomaram uma área do tamanho de metade de Londres no último mês, segundo analistas e blogueiros de guerra.
Em abril, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky assinou um projeto de lei para reduzir a idade de mobilização para convocação ao combate de 27 para 25 anos, aumentando o número de civis que o Exército poderia mobilizar para lutar sob lei marcial, que está ativa desde a invasão da Rússia em fevereiro de 2022.
O governo do presidente Joe Biden foi defensor ferrenho da Ucrânia, mas esse apoio pode diminuir quando o presidente eleito Donald Trump assumir o poder em janeiro. Trump escolheu Keith Kellogg, um tenente-general aposentado que lhe apresentou um plano para encerrar a guerra na Ucrânia, para servir como enviado especial para o conflito.