Donald Trump e Joe Biden se reuniram nesta quarta-feira (13) na Casa Branca, uma semana após a vitória do republicano na eleição presidencial. Ambos se cumprimentaram e apertaram as mãos no Salão Oval.
Em comentários breves, que duraram cerca de um minuto, Biden parabenizou Trump e destacou que trabalhará para que ele seja acomodado da melhor maneira no retorno à Casa Branca. Além disso, afirmou que pretende ter uma transição suave para o próximo governo.
“Bem-vindo. Bem-vindo de volta”, disse o atual presidente.
Trump, por sua vez, destacou que a política “é difícil e, em muitos casos, não é um mundo muito bom, mas hoje é um mundo bom, e eu aprecio muito isso”. Em seguida, concordou com o apelo de Biden por uma transição “tão suave quanto possível”.
Os líderes não responderam a perguntas da imprensa e continuam a reunião a portas fechadas.
Em 2020, quando Trump era presidente e foi derrotado por Biden na eleição, o democrata não foi recebido na Casa Branca, mesmo essa sendo uma “cortesia” tradicional entre governantes após a votação nos EUA.
Ambos os líderes se criticam duramente há anos e suas equipes têm posições muito diferentes sobre diversos assuntos, desde mudanças climáticas até a relação com a Rússia e comércio.
O democrata retratou Trump como uma ameaça à democracia, enquanto o republicano coloca Biden como incompetente.
Invasão do Capitólio
Após a derrota para Joe Biden em 2020, Donald Trump não reconheceu o resultado da votação e acusou os adversários de fraude. Mesmo anos após a votação, o republicano questiona o pleito em que foi perdedor.
Em janeiro de 2021, no dia em que uma sessão conjunta da Câmara e do Senado faria a certificação do resultado da eleição, uma multidão de apoiadores do republicano invadiu o Capitólio — sede do Congresso dos EUA –, causando destruição e mortes de policiais.
Os congressistas tiveram que sair às pressas do local, voltando apenas horas depois. Eles só conseguiram fazer a certificação na madrugada seguinte.
Trump é acusado de incitar os apoiadores a invadir o Capitólio e de não agir para tentar fazer com que eles saíssem da sede do Congresso.
“Quase revanche” em 2024
A eleição presidencial de 2024 dos Estados Unidos quase foi uma “revanche” da disputa de 2020, pois Joe Biden era o candidato do Partido Democrata para concorrer contra Donald Trump.
Entretanto, o atual chefe de Estado dos EUA começou a ser questionado sobre aptidão física e mental para um novo mandato à frente da Casa Branca.
Biden reiterou diversas vezes que estava apto para concorrer e trabalhar, mas uma performance ruim no debate da CNN contra Trump aumentou os pedidos para que ele desistisse da candidatura.
Assim, em 21 de julho, o democrata anunciou que não concorreria à reeleição e apoiou a vice-presidente Kamala Harris — que foi derrotada pelo republicano.
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