A promessa de campanha do presidente eleito Donald Trump de deportar em massa até 20 milhões de imigrantes nos Estados Unidos não é viável, segundo Tiago de Aragão, CEO da Arko Internacional. Em entrevista à CNN Brasil, o especialista explicou os motivos pelos quais essa política enfrenta obstáculos significativos.
De acordo com Aragão, a implementação de tal medida implicaria custos astronômicos, ultrapassando a marca de um trilhão de dólares. Além disso, o impacto econômico de uma deportação em larga escala seria devastador para o país.
Resistência dentro do Partido Republicano
O analista destacou que muitos republicanos, especialmente aqueles de zonas urbanas, compreendem a inviabilidade dessa proposta. Esses políticos entendem que embarcar nessa “aventura” não seria prudente, considerando os diversos outros problemas que os Estados Unidos precisam resolver.
Aragão também apontou que o “trumpismo” difere significativamente da visão republicana tradicional. Enquanto em pautas típicas do partido, como porte de armas e questões relacionadas ao aborto, o governo Trump encontraria apoio fácil, temas específicos do trumpismo que não seguem uma linha lógica clara enfrentariam resistência.
O especialista ressaltou a existência de um grupo relevante de republicanos, principalmente da região da Nova Inglaterra, Massachusetts e Nova Iorque, que não se alinham totalmente com Trump. Esses políticos poderiam formar uma oposição leve dentro do próprio partido, compensando parcialmente a falta de oposição dos democratas.
A análise de Aragão sugere que, embora Trump possa contar com apoio em questões alinhadas com a agenda republicana tradicional, suas propostas mais controversas e economicamente impraticáveis, como a deportação em massa, enfrentarão obstáculos significativos, inclusive dentro de seu próprio partido.
Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.