Imagens da câmera corporal de um polícia militar de São Paulo viralizaram nas redes sociais após registrarem o agente acelerando, intencionalmente, com a viatura que dirigia e logo após colidindo com o veículo da corporação.
O caso aconteceu na madrugada do dia 13 de julho deste ano, em Interlagos, zona sul da capital paulista, mas somente agora as imagens foram divulgadas.
Na gravação, o policial, enquanto dirigia a viatura, pergunta ao colega sentado ao lado: ‘apostar um racha?’, sem resposta, ele então começa a acelerar com o carro da Polícia Militar de São Paulo. Logo após, colide contra outros dois veículos.
Ao todo, quatro agentes estavam dentro da viatura. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), todos foram acusados de direção perigosa.
Além da acusação, os PMs foram afastados do serviço operacional e respondem a processos administrativos.
Após sugerir ao colega sentado ao lado um ‘racha’, o agente que dirigia a viatura, sem resposta, decidiu acelerar o veículo. Durante o trajeto em alta velocidade, em meio a risadas com os policiais, o PM então perde o controle do carro da corporação e colide contra um outro automóvel e um caminhão estacionados.
Logo após a colisão, o PM saí e verifica o estrago causado na viatura, que teve a fronteira totalmente danificada devido ao impacto da batida. Os outros dois veículos também ficaram danificados.
Veja o momento do acidente:
Posteriormente, o agente, liga para alguém com seu telefone e questiona ao colega de farda: “O que eu fiz?’=”.
Ao ser atendido, o PM avisa a outra pessoa da linha: “sub, bati a viatura. Bati a viatura. Sofri um acidente. Arrebentamos o carro do paisana. Juro por Deus, sub. Vem aqui, apoia a gente”, diz o agente durante a chamada. A gravação da body cam se encerra com imagens da rua e da viatura danificada.
Questionada, a SSP informou que a conduta dos policiais foi apurada por meio de um inquérito da Policial Militar e que os quatro agentes envolvidos foram acusados de direção perigosa.
Por conta do ocorrido, eles foram afastados do serviço operacional e também respondem a processos administrativos que podem levar às suas respectivas exonerações, segundo o órgão.
“Na esfera civil, eles respondem a um processo indenizatório devido aos prejuízos causados a terceiros e ao patrimônio público”, concluiu a SSP em nota.
A CNN procurou a Ouvidoria da Polícia de São Paulo para comentarem o caso e aguarda retorno.
*Sob supervisão de Bruno Laforé