A esposa do funkeiro MC Poze do Rodo, Vivianne Noronha, é alvo de uma operação, realizada na manhã desta sexta-feira (1), que mira um esquema ilegal de sorteios de rifas pelas redes sociais, no Rio de Janeiro.
A operação, chamada de “Rifa Limpa” tem como foco apreender documentos que comprovem fraudes nos processos de realização das rifas e dos itens sorteados aos supostos ganhadores.
Além de Vivianne, outras seis pessoas são investigadas por um suposto envolvimento no esquema:
- Roger Rodrigues dos Santos, conhecido como Roginho Dú Ouro
- Jonathan Luis Chaves Costa, conhecido como Jon Jon
- Leandro Medeiros, conhecido como Lacraia
- Bolívar Guerrero Silva, cirurgião plástico equatoriano
- Ítala, secretária do cirurgião plástico
- Edvania, secretária do cirurgião plástico
A CNN apurou que o médico equatoriano Bolívar Silva vendia rifas de procedimentos cirúrgicos, como implantes de silicone.
Segundo a Polícia Civil do estado, a operação também tem o objetivo de cumprir dez mandados de busca e apreensão e desarticular a organização criminosa, uma vez que a suspeita é de que os autores também estejam envolvidos em lavagem de dinheiro.
Agentes estiveram na casa do MC na manhã de hoje.
Nas redes sociais, o funkeiro publicou um vídeo dizendo que a esposa dele foi indiciada, mas que estão tranquilos. Carros, joias e celulares foram apreendidos, segundo o próprio artista.
As investigações apontam que, ao divulgarem as atividades na internet, os influenciadores tinham, a partir de fraudes, o intuito de obter lucros ilícitos à custa de um grande número de pessoas que participavam dos sorteios.
A polícia destaca que os sorteios divulgados eram baseados em parâmetros da Loteria Federal, o que provocava uma falsa aparência de legitimidade e segurança no momento da publicação.
No entanto, a polícia ainda afirma que não existe uma auditoria oficial para verificar o ganhador real das rifas divulgadas. Além disso, os influenciadores utilizavam um aplicativo personalizado que, por sua vez, levantou suspeitas de fraude.
A Delegacia de Defraudações (DDEF), responsável pela ação, ressaltou que a realização de rifas exige autorização prévia da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (Secap), ligada ao Ministério da Fazenda, e apenas instituições sem fins lucrativos têm permissão para promover esses sorteios.
A CNN tenta contato com a defesa da citada.