Os eleitores do Uruguai, país conhecido por suas praias, maconha legalizada e estabilidade, foram às urnas neste domingo (27) em uma disputa eleitoral entre moderados, o que contrasta com a política polarizada de muitos outros países latino-americanos.
A nação de 3,4 milhões de habitantes votou para eleger seu próximo presidente e também os deputados, e os institutos de pesquisa preveem que provavelmente será necessário um segundo turno em novembro. Referendos simultâneos sobre a reforma da previdência e o aumento dos poderes da polícia foram mais acirrados.
Mas, ao contrário das divisões acentuadas entre direita e esquerda na Argentina, no Brasil ou no México, a arena política do Uruguai é relativamente livre de tensões, com uma sobreposição significativa entre as principais coalizões conservadoras e liberais, o que tira um pouco do impacto do resultado.
“Os dois principais campos são mais ou menos os mesmos em termos de política macroeconômica ou a visão do que é o Uruguai e como enfrentar vários desafios econômicos”, disse a economista uruguaia Maria Dolores Benavente.
A votação na pequena nação sul-americana viu o candidato de centro-esquerda da Frente Ampla, Yamandu Orsi, o favorito antes das eleições, enfrentar o candidato conservador que representa a continuidade, Alvaro Delgado. Atrás deles estava o jovem conservador Andrés Ojeda, bastante prolífico nas mídias sociais.
As pesquisas mostram Orsi na liderança, mas indicaram que nenhum candidato presidencial provavelmente obterá mais de 50% dos votos, o que significa que um segundo turno deve ser realizado em 24 de novembro entre os dois primeiros colocados deste domingo.