O partido venezuelano Vontade Popular acusou o governo de Nicolás Maduro, um governador e um prefeito, ambos chavistas, pelo suposto assassinato do opositor Edwin Santos, que, segundo a sigla, foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira (25) em uma ponte.
De acordo com o partido opositor, Santos havia sido “sequestrado” por membros dos organismos de segurança do Estado na última quarta (23) e levado para uma sede da Direção de Contrainteligência Militar da Venezuela.
“Santos se encontrava desaparecido desde a tarde de quarta-feira, 23 de outubro, quando se dirigia em sua moto até a comunidade de El Piñal e foi interceptado por funcionários de segurança do Estado, fato confirmado por testemunhas na zona”, diz um comunicado publicado pelo partido.
A nota ainda afirma que conseguiu a confirmação da prisão pela contra-inteligência.
O comunicado destaca que Santos vinha denunciando nos últimos meses o “colapso” da ponte que liga os estados de Apure e Táchira: “Foi nesta mesma ponte na qual foi encontrado sem vida na manhã de hoje, um sinal claro de retaliação contra ele e contra o ativismo político democrático”.
No texto publicado em suas redes sociais, a sigla responsabiliza o governo de Maduro, o governador do estado venezuelano de Apure, Wilmer Rodríguez, e o prefeito do município de Páez, José ‘Chema’ Romero, ambos chavistas, além das forças de Inteligência e de contrainteligência do país pela morte do político.
Até o fechamento desta reportagem, nenhuma autoridade havia se pronunciado sobre o paradeiro de Edwin, nem confirmado sua morte.
A CNN entrou em contato com o ministério da Comunicação da Venezuela e com o Ministério Público e aguarda retorno.