Para conseguir individualizar as condutas criminosas dos torcedores do Peñarol, a Polícia Civil do Rio de Janeiro utilizou vídeos das brigas e até reportagens veiculadas pela imprensa ao longo desta quarta-feira (23).
Ao todo, 22 homens foram presos em flagrante e um menor foi apreendido. Outros 330 uruguaios também vão responder por promoção de tumulto e incitação à violência, crimes previstos no Estatuto do Torcedor.
Um dos presos é o uruguaio Cesar Daniel Camurati Alvarez, flagrado por equipes da TV Record imitando um macaco quando já estava detido pela Polícia Militar. Segundo a polícia, além de injúria por preconceito, o preso vai responder por associação criminosa, resistência, incêndio, rixa, desacato e dano ao patrimônio público.
Outro preso é Carlos Francisco Sauco, de 59 anos, que furtou um celular de um estabelecimento comercial. O crime foi registrado por câmeras de segurança, que mostram Sauco pegando o aparelho no momento em que não havia nenhum funcionário no caixa.
Ezequiel Rodriguez também foi identificado através de imagens. Segundo a investigação, ele e um menor de idade participaram do incêndio a motos que estavam na orla do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio.
Rodriguez foi preso e o adolescente de 17 anos foi apreendido, ambos por incêndio, associação criminosa, promoção à violência e, no caso do adulto, corrupção de menores.
Nesta quinta-feira (24), os 22 uruguaios presos devem passar por audiência de custódia, marcadas para começar no começo da tarde.
Entre os delitos cometidos pelos torcedores estão porte ilegal de arma de fogo, furto, lesão corporal, roubo com concurso de agentes, dano qualificado, incêndio, associação criminosa, resistência, desobediência, desacato, rixa, injúria racial corrupção de menores e o artigo 201 do Estatuto do Torcedor, por crimes contra a paz no esporte.