Kamala Harris enfrentou perguntas de eleitores indecisos em um Town Hall da CNN na Pensilvânia na quarta-feira (23).
A vice-presidente dos EUA está buscando ganhar votos no principal estado-pêndulo nos últimos dias antes da eleição presidencial americana. A reunião foi organizada por Anderson Cooper da CNN em Aston, um município a sudoeste da Filadélfia.
A Pensilvânia é o estado mais decisivo na eleição de 2024 e Kamala fez dele o ponto central de sua campanha.
Veja o que ela disse aos eleitores:
- Sobre Trump
Respondendo a uma pergunta de Cooper sobre se ela acha que Donald Trump é um fascista, Kamala disse: “Sim, eu acho”. Ela também reiterou que acredita que Trump é “incapaz e inapto para servir”.
Mais tarde, ela disse que acredita que Trump “é perigoso” e fez referência a relatos de que o ex-chefe de gabinete John Kelly disse em uma série de entrevistas que o ex-presidente falou sobre a lealdade dos generais nazistas de Hitler.
- Sobre a economia
Kamala disse que implementaria um plano para proibir a especulação de preços, que ela revelou em agosto. Ela também argumentou que sua proposta de créditos fiscais aliviaria o custo de vida para famílias de classe média e prometeu “não aumentar os impostos de ninguém que ganhe menos de US$ 400 mil por ano”.
A vice-presidente também propôs mais deduções fiscais para novas pequenas empresas e crédito tributário infantil.
- Sobre o aborto
Ela sugeriu que apoiaria a eliminação da obstrução para codificar os direitos ao aborto. A vice-presidente culpou Trump pela reversão dos direitos ao aborto, dizendo que ele selecionou juízes da Suprema Corte com a intenção de que eles anulassem Roe v. Wade.
A campanha de Kamala lançou um novo anúncio focado no aborto que foi ao ar durante o debate.
- Sobre a fronteira
A vice-presidente elogiou seu histórico como promotora em um argumento de que ela é a melhor candidata para lidar com a segurança da fronteira. Ela disse que quer que um “caminho abrangente para a cidadania” seja incluído em um esforço para consertar “esse problema de longa data”, bem como mais agentes de fronteira.
Kamala também continuou a criticar Trump por acabar com um projeto de lei bipartidário de fronteira no Senado este ano.
- Sobre o Oriente Médio
Kamala disse que esperava que a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, pudesse levar a uma abertura para negociações de paz bem-sucedidas no Oriente Médio.
Ela também expressou que “muitos civis palestinos inocentes foram mortos” e defendeu uma solução de dois estados. Kamala pediu a promulgação de leis que abordassem o antissemitismo.
- Sobre a unidade
O público era composto por democratas registrados, republicanos e independentes. Kamala disse que seria uma “presidente para todos os americanos” e que o país precisa de um presidente “que seja fundamentado no que é senso comum”.
Kamala prometeu trabalhar em todas as linhas partidárias para aprovar metas políticas como moradia, direitos reprodutivos e a fronteira — apontando o acordo bipartidário de infraestrutura como um exemplo.
Quem fizeram as perguntas?
São eleitores da Pensilvânia compostos por democratas, republicanos e independentes — todos os quais confirmaram que pretendem votar em novembro e permanecem indecisos sobre o candidato presidencial em quem votarão.
Eles foram escolhidos de um grupo de pessoas identificadas por uma organização de pesquisa apartidária e produtores editoriais da CNN trabalhando com grupos empresariais locais e estaduais, organizações cívicas, grupos religiosos e universidades, de acordo com a rede.
Com menos de duas semanas até o dia da eleição, a campanha presidencial se resumiu a um punhado de estados e à Pensilvânia — o maior prêmio, em termos de votos eleitorais — que determinará o próximo presidente dos Estados Unidos.
O ex-presidente dos EUA Donald Trump, o candidato presidencial republicano, foi convidado, mas se recusou a participar do Town hall, bem como de um debate que a CNN se ofereceu para produzir nos últimos dias da campanha.
Kamala aceitou ambos os convites; o debate foi cancelado.
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