A Polícia Civil informou, em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (23), que o atirador de Novo Hamburgo, identificado como Edson Fernando Crippa, de 45 anos, já havia sido internado quatro vezes por esquizofrenia e, apesar disso, possuía autorização para ter as quatro armas que utilizou no ataque.
Edson foi morto por militares após realizar diversos disparos contra pessoas do interior de sua casa. O pai e o irmão dele foram mortos, além de um agente da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. Outras nove pessoas ficaram feridas.
Ainda conforme informações da Polícia Civil, Edson possuía duas pistolas e duas espingardas em casa. Durante o cerco policial à casa dele, que durou quase nove horas, ele efetuou mais de 100 disparos.
De acordo com o chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré, a polícia encontrou ainda centenas de estojos com muita munição e carregadores na casa do homem. O atirador chegou a derrubar dois drones da Brigada Militar durante o ataque.
Em janeiro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou dois decretos restringindo a compra de armas por civis. Durante o governo anterior, a compra havia sido flexibilizada para os chamados CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) e também para civis.
A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul não informou se Edson possuía o registro de CAC, e disse que vai investigar qual tipo de autorização ele possuía para ter o armamento.
As autoridades disseram ainda que Edson não tinha antecedentes criminais e que o pai dele, que foi uma das vítimas fatais do ataque, também tinha histórico de esquizofrenia. Atualmente, o atirador trabalhava como caminhoneiro.
O caso
Na noite desta terça-feira (22), um homem atirou contra diversas pessoas do interior de sua residência em Novo Hamburgo, na região metropolitana de Porto Alegre. A Brigada Militar foi acionada para a ocorrência por volta das 23h, após o pai do homem afirmar que ele a mulher sofriam maus tratos por parte do filho.
No local, a Brigada Militar conversava com os envolvidos quando Edson Fernando Crippa começou a realizar os disparos. No ataque, três pessoas foram mortas, incluindo o pai e o irmão dele. Um agente da Brigada Militar também foi fatalmente atingido.
Seis militares, um guarda civil, a mãe e a cunhada do atirador ficaram feridos. O estado de saúde da mãe e da cunhada são considerados graves. Três policiais e o guarda municipal possuem estado estável, e outros três PMs já foram liberados pois tiveram ferimentos mais leves.
O local do tiroteio chegou a ser isolado por segurança.
Após pouco mais de nove horas de cerco policial, os agentes de segurança do Rio Grande do Sul conseguiram entrar no imóvel de onde vinham os disparos e matar o atirador.