O patologista chefe que fez a autópsia do corpo de Yahya Sinwar disse à CNN que o líder do Hamas foi morto por um tiro na cabeça.
Dr. Chen Kugel, patologista chefe do Centro Nacional de Medicina Forense de Israel em Tel Aviv, disse que, embora Sinwar tenha sofrido outros ferimentos graves — incluindo de um projétil de tanque ou míssil — ele estava confiante de que uma bala na cabeça foi o que matou o líder do Hamas.
O exército israelense disse anteriormente que Sinwar foi morto depois que um tanque disparou um projétil no prédio em que ele já havia sido ferido e não comentou sobre suas tropas disparando um tiro fatal.
“A causa da morte é ferimento de bala na cabeça. Ele tem um tiro na cabeça e há uma lesão cerebral traumática grave”, disse Kugel, que assinou a certidão de óbito de Sinwar, à CNN em uma entrevista.
Ao ser questionado sobre as descobertas de Kugel, um porta-voz do exército de Israel disse à CNN que houve uma troca de tiros e que o combate terminou com os militares israelenses disparando um projétil de tanque no prédio.
O exército israelense está trabalhando para descobrir todos os detalhes do evento, disse o porta-voz.
Kugel disse que está confiante em sua análise, que foi baseada no exame do corpo de Sinwar. Ele só soube do relato do exército israelense sobre a morte de Sinwar após conduzir a autópsia.
“É baseado no que encontrei no corpo”, disse Kugel. “Ele tem ferimentos de outras fontes, como um ferimento de míssil no antebraço direito, alvenaria caída na perna esquerda ou coxa, e muitos estilhaços que entraram em seu corpo, mas apenas no peito. Eles causaram danos graves, mas a causa da morte é o ferimento à bala na cabeça”, afirmou.
Quando perguntado sobre a hora aproximada da morte de Sinwar, Kugel disse à CNN que provavelmente foi no final da tarde de quarta-feira (16) — mais de 24 horas antes de seu corpo chegar ao instituto na noite de quinta-feira (17), ele disse.
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Morte de Yahya Sinwar, líder máximo do Hamas, por Israel foi confirmada nesta quinta-feira (17) e foi manchete no The New York Times. • THE NEW YORK TIMES
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Notícia também teve destaque no The Wall Street Journal. • THE WALL STREET JOURNAL
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Segundo o Exército de Israel, a morte de Yahya Sinwar aconteceu na quarta-feira (16). BBC também noticiou morte do líder máximo do Hamas. • BBC
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Sinwar era a figura mais importante do grupo palestino e foi morto em Gaza. O The Guardian também reportou seu assassinato. • THE GUARDIAN
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Sinwar era considerado “mentor” dos ataques de 7 de outubro. ABC News também destacou a morte do líder do Hamas. • ABC NEWS
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Yahya Sinwar não era visto desde que a guerra entre Israel e o Hamas começou em 7 de outubro de 2023. Sua morte também foi manchete no El País. • EL PAÍS
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O ministro das Relações Exteriores do país, Israel Katz, pontuou que “o assassino em massa Yahya Sinwar, responsável pelo massacre e atrocidades de 7 de outubro, foi morto hoje por soldados das Forças de Defesa de Israel [FDI]”. The Washington Post destacou a morte do líder máximo do Hamas. • THE WASHINGTON POST
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Morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas, está sendo destaque também na CNN Internacional. • CNN
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Matéria também foi destaque na CNN Espanhol. • CNN
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Morte do líder máximo do Hamas também repercutiu no jornal francês Le Monde. • LE MONDE
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Al Jazeera também destacou assassinato de Sinwar. • AL JAZEERA
Figura de longa data no Hamas, Yahya Sinwar nasceu em 1962 em um campo de refugiados em Khan Younis, no sul de Gaza.
Ele foi responsável pela construção do braço militar do grupo antes de formar novos laços importantes com as potências árabes regionais como líder civil e político.
Sinwar foi eleito para o principal órgão de decisão do Hamas, o Politburo, em 2017, como líder político do Hamas em Gaza.
No entanto, desde então tornou-se o líder de fato do Politburo, de acordo com uma pesquisa do Conselho Europeu de Relações Exteriores (ECFR, na sigla em inglês).
Ele foi designado terrorista global pelo Departamento de Estado dos EUA desde 2015 e foi sancionado pelo Reino Unido e pela França.
Saiba mais sobre quem foi Yahya Sinwar através desta matéria.
Entenda o conflito na Faixa de Gaza
Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza. Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
Após cerca de um ano do conflito, a população israelense saiu às ruas em protestos contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para que os reféns sejam libertados.
O que se sabe sobre o ataque do Irã contra Israel