Yahya Sinwar, líder máximo do Hamas, foi morto por tropas israelenses em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, na quarta-feira (16), segundo os militares.
O corpo dele foi encontrado em meio a escombros, depois que soldados foram atacados e revidaram com a ajuda de um tanque.
Além de Sinwar, outras três pessoas foram mortas, incluindo “uma das quais é uma pessoa que esteve ao seu lado o tempo todo, que é o comandante do batalhão da brigada Khan Younis”, segundo um porta-voz do Exército de Israel.
Os militares que estavam na área suspeitaram que o corpo de um dos mortos seria de Yahya Sinwar, informando o comando da situação.
Os registros dentários ajudaram Israel a identificar o corpo de Yahya Sinwar, disse uma autoridade dos Estados Unidos, assim como outros dados biométricos.
A confirmação odontológica foi realizada de forma relativamente rápida, ressaltou a fonte.
O governo israelense possui a biometria de Sinwar porque ele passou mais de duas décadas na prisão israelense por assassinato.
Fontes informaram anteriormente que digitais e DNA também foram analisados. Israel informou os EUA sobre a morte do líder do Hamas após resultado positivo em um teste inicial com DNA.
Quem é Yahya Sinwar?
Figura de longa data no Hamas, Yahya Sinwar nasceu em 1962 em um campo de refugiados em Khan Younis, no sul de Gaza.
Ele foi responsável pela construção do braço militar do grupo antes de formar novos laços importantes com as potências árabes regionais como líder civil e político.
Sinwar foi eleito para o principal órgão de decisão do Hamas, o Politburo, em 2017, como líder político do Hamas em Gaza.
No entanto, desde então tornou-se o líder de fato do Politburo, de acordo com uma pesquisa do Conselho Europeu de Relações Exteriores (ECFR, na sigla em inglês).
Ele foi designado terrorista global pelo Departamento de Estado dos EUA desde 2015 e foi sancionado pelo Reino Unido e pela França.
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Entenda o conflito na Faixa de Gaza
Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
Após cerca de um ano do conflito, a população israelense saiu às ruas em protestos contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.
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