A disputa pela Presidência dos Estados Unidos entre Kamala Harris e Donald Trump revela estratégias distintas para conquistar o eleitorado negro e latino, grupos cruciais para definir o resultado em estados-chave.
Em participação no 360 da CNN, nesta quarta-feira (16), a analista de Internacional Fernanda Magnotta disse que as eleições americanas serão decididas em sete estados-pêndulo, com margens extremamente estreitas que podem variar de 2 mil a 20 mil votos.
Isso torna essencial para os candidatos mirar todos os grupos demográficos possíveis.
Entre o eleitorado negro, há uma tendência histórica de favorecer os democratas, beneficiando a candidatura de Kamala Harris.
A vice-presidente tem focado seu discurso em três eixos principais ao se dirigir a esse público: justiça racial, reforma política e igualdade econômica.
Donald Trump, por outro lado, enfrenta dificuldades com esse grupo. Na eleição de 2020, ele obteve apenas 12% dos votos negros, um crescimento modesto em relação a 2016, mas ainda pouco significativo.
A estratégia de Trump para os latinos
Surpreendentemente, Trump mantém o favoritismo entre os latinos, apesar de sua agenda anti-imigração.
Magnotta explica que o eleitorado latino nos EUA é diversificado, com grupos como cubano-americanos e venezuelanos tendendo ao conservadorismo.
A estratégia de Trump com os latinos tem sido reforçar a ideia de combate à imigração ilegal, argumentando que isso beneficia aqueles que seguiram os processos legais de imigração.
Já Kamala Harris aposta em um discurso de acomodação dos interesses dos “dreamers”, imigrantes que chegaram aos EUA ainda crianças e buscam cidadania.
A analista ressalta que, para reverter sua desvantagem com o eleitorado negro, Trump tem enfatizado sua capacidade de proporcionar crescimento econômico e combater a desigualdade.
Ele tenta se apropriar da percepção geral de que gerencia melhor a economia do que os democratas.
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