Os tornados mortais gerados pelo furacão Milton foram “supercarregados” em comparação aos tornados típicos causados por esses fenômenos, disse o diretor do Centro Nacional de Furacões, Michael Brennan, à CNN nesta quinta-feira (10).
“Os tornados que vimos se desenvolver ontem pelo [furacão] Milton foram realmente supercarregados em comparação aos tornados típicos que você vê em um ambiente de furacão”, destacou Brennan.
“Eles duraram mais. Eles eram mais poderosos. Havia mais deles”, alertou.
O Centro Nacional de Furacões emitiu mais de 100 alertas de tornado como parte de um esforço para manter as pessoas seguras, disse Brennan. Ele acrescentou que a temporada de furacões não acabou e vai até novembro.
Além do Milton, outros furacões se intensificaram repentinamente em tempestades maiores, alimentadas por águas com recordes de calor no Golfo do México — um sintoma do aquecimento do planeta.
“Sabíamos que as temperaturas da água na bacia do Atlântico, incluindo o Golfo, estavam acima do normal e vão ficar acima do normal nesta temporada”, ponderou Brennan.
“Essa é uma das razões pelas quais estamos esperando uma temporada de furacões muito movimentada”, concluiu.
Furacão Milton deixa mortes e destruição
O furacão Milton atingiu a costa perto de Siesta Key, na Flórida, como uma perigosa tempestade de categoria 3, gerando ventos e chuvas fortes, além de inundações e tornados.
Ele enfraqueceu para categoria 1 ao atravessar o estado e se deslocar para o mar, de acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos.
Ainda assim, a tempestade deixou um rastro de destruição, destelhando casas, derrubando árvores, postes e um guindaste.
Dez pessoas morreram após a passagem do furacão, segundo as autoridades.
Milton é o terceiro furacão a atingir a Flórida neste ano, deixando mais de 3 milhões de pessoas sem energia no estado. Rajadas de vento de 160 km/h foram registradas perto de Tampa.